terça-feira, 31 de agosto de 2010

Terça-feira, 31 de agosto de 2010.

E quem diria que aqueles sorrisos tão idiotas e admiráveis estariam distantes de mim, ou pior, que eu teria aversão a eles. Eu não deveria ter medo de partilhar meus segredos, muito menos meus medos, antes eu podia me demonstrar insegura, seu abraço sempre me defendeu de tudo – inclusive de mim. Não dá pra simplesmente ignorar tantos dias de convivência, não dá pra fingir que você não participou dos meus dilemas infantis sobre o que vestir ou o que o futuro nos reserva. Você já foi bem mais que meras recordações... Eu não tive oportunidade pra olhar nos seus olhos, não havia verdade ali, não havia você. Eu poderia esquecer os seus deslizes e abraçá-lo como já fiz algum dia, mas você tocou em coisa sagrada, ignorou o que eu tenho de mais precioso, isso eu realmente não posso perdoar. Talvez você esteja mais feliz sem meus gritos sem motivos, minhas crises espalhafatosas de riso, sem um pouco de mim em tudo que você pensa ou faz. Talvez suas pernas estejam mais seguras sem todos os apoios que faziam tudo por elas, talvez você sinta minha falta – quem sabe você realmente sente alguma coisa além do medo absurdo de parecer idiota por se redimir com as pessoas que um dia constituíram cada milímetro do seu sorriso...

A carapuça com certeza vai servir pra alguém e foi meesmo a inteção [fikdika (:


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sexta-feira, 27 de agosto de 2010.

E talvez daqui a alguns anos ainda estejamos dividindo a mesma cama e as mesmas experiências, talvez nossas mãos ainda se unam pra passeios românticos num parque deserto. Mas talvez você tenha mesmo ido embora... Agora você quer alguém que consiga manter uma conversa boba e sem propósito nenhum, que mantenha os pés no chão e os braços sempre a sua volta e eu não correspondo mais a tais expectativas. Quem sabe se eu tivesse um pouco mais de paciência pra escutar seus dilemas bobos ou pra sua popularidade chata, quem sabe se eu ocultasse parte de mim pra que pudessem te ver no meu reflexo, quem sabe se eu não tivesse aberto a porta... talvez você estivesse aqui acariciando meus cabelos e contando suas histórias engraçadas e nem um pouco verídicas e eu estivesse admirando seu sorriso e suas diversas expressões, me perguntando em que ponto eu me deixei entregar... Vai ver que haja um reencontro no futuro, no mesmo banco da praça em que admirávamos a inocência das crianças ou a beleza das árvores desgastadas do outono, vai ver consigamos discutir política ou qualquer assunto sem importância e contemos um ao outro as experiências que nos trouxeram cada frio branco dos nossos cabelos... Talvez as minhas mãos ainda reconheçam a sua e tenham esperado por ela por todo o tempo. Talvez você nem lembre de mim, mas eu reconheceria seu sorriso ainda sim. Talvez só não haja mais talvez...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Terça-feira, 24 de agosto de 2010.


E quando os seus sonhos tornam-se reais não há mais nada que importe. Seus pés cansam, seu corpo grita por mais cinco minutos de sono, mas você sorri e continua caminhando, agora pelo caminho que você escolheu, com seus próprios pés e livre pra expor as suas idéias mais idiotas. A banalidade é casual, o tempo é curto, a responsabilidade é enorme. A saudade grita, os olhos respondem. Mas o coração está feliz, o cérebro ocupado e os ideais cada dia mais perto.

Medicina por sonho, medicina por amor (L)~
De fato Realizada².

Me perdoem a ausência, não tenho tempo, não tenho sequer inspiração :*

domingo, 15 de agosto de 2010

Domingo, 15 de agosto de 2010.

Agora que eu já ensinei o caminho, era de fato a hora de você bater a porta e me dizer adeus... Eu precisava soltar esse sorriso de satisfação ao te ver me dando as costas – mas dessa vez por um desejo meu. Eu já não me preocupo se você ouve canções retrógradas enquanto lembra do meu jeito infantil de te dar bom dia, não me preocupo se você sente minha falta ou se ainda deseja minha mão entre seus cabelos. Eu não me preocupo com você. Não me importa se as minhas palavras foram um pouco além do que seus ouvidos sensíveis podem agüentar, não me interessa se você ainda sangra ou se já chorou arrependido. Pra ser sincera seus sentimentos não fazem a mínima diferença, eu não confio em nenhum deles. O fato é que eu não quero está por perto quando o frio for intenso, eu não quero te abraçar enquanto você chora admitindo cada um dos seus erros idiotas, eu não quero viver a sua vida – não mais. Seus deslizes talvez tenham concerto, mas é fato que eu fui seu maior e mais prazeroso erro, talvez o único que você não queira superar... Eu já passei por você, não me procure, eu estou bem distante dos seus braços e suas correntes...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quarta-feira, 11 de agosto de 2010.

Mas é previsível que daqui a algum tempo, meu raro sentimentalismo não o satisfaça mais. Você vai precisar de algo novo, de alguém que não solte a sua mão ou que te acompanhe no fim de tarde pra alimentar pombos no parque. O fato é que esse alguém não sou eu. E eu lamento, de verdade. Respirar é bem mais fácil quando você está por perto, meus sorrisos são mais leves quando você os provoca, amar é mais real quando é com você. Mas eu não posso, talvez eu simplesmente tenha medo de mudar e esse medo idiota me faça esquecer o que faz de mim uma pessoa especial. Eu já não ouço músicas românticas, nem me sinto nostálgica com casais apaixonados. Eu o amo, mais isso não é suficiente – não pra mim, é provável que muito menos pra você. Eu esqueci como se alimenta bons sentimentos, passei longos dias achando que eles sequer existiam... Eu sei que você vai estar melhor sem mim, mas enquanto isso não é visível aos seus olhos, eu o acolho em meus braços e me permito me enganar, achando que talvez eu me acostume a partilhar esse mundo obscuro que me foi imposto. Não se preocupe, eu ficarei aqui até que você durma...

PS: FICÇÃO OK? ¬¬' Era legal que parassem de fantasiar os meus textos e de encaixar meu namorado no meio dessa melancolia ;) [/ficadica
Estou de volta, não sei se com inspiração suficiente =*