quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Quinta-feira, 23 de setembro de 2010.

E nem o vazio foi capaz de atravessar sua insensibilidade. O silêncio já não era oportuno, ele incomodava, doía mais do que todas as cargas exageradas de palavras despejadas sobre mim em outras épocas...Mas você ainda sorria, aquele mesmo sorriso leve enfeitado com declarações...a distância entre nós parecia imperceptível ou talvez indiferente. Você não precisava mais dos meus conselhos, seus dilemas já estavam resolvidos e a minha inutilidade se sobrepôs aos meus encantos infantis... Você não se preocupa em disfarçar a monotonia das nossas tardes, sequer repara no brilho constrangedor dos meus olhos ao te ver...Talvez daqui há poucos dias, nada mais reste além do pedaço de você que se instalou aqui, quem sabe ele se dissolve em meio as lágrimas resistentes, quem sabe ele cresce e eu possa assim refletir cada um dos seus sorrisos. Você já não é meu, já não me deixa ser você... Me permita então, te viver só mais uma noite... me deixe aquecer seus sonhos, só me deixe amar pelos poucos dias que ainda nos restam.

Meus textos tão uma decadência ¬¬'
Mas enfim, é o máximo que eu tenho tempo de fazer com essa correria doida que tá a minha vida o.O

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quarta-feira, 15 de setembro de 2010.

E se o futuro for mesmo tão escuro, eu prefiro ficar a luz do sol, nem que pra isso eu estacione e deixe a vida escorrer pelas minhas mãos. As lanternas sempre apagam, a luz do fim do túnel nem sempre existe e eu não tenho mais idade pra acreditar em elefantes coloridos. A felicidade plena é utópica e por mais que se queira não se pode ter tudo, renúncias são necessárias... mas eu não estou disposta a renunciar você! Eu me recordo bem dos nossos planos nos fins de tarde, dos nossos filhos, nossa casa na praia... nosso futuro! Eu não sei desenhá-lo como meu. Quem sabe amanhã você esteja aqui, sorrindo e me trazendo aquela paz de sempre, me fazendo pensar que as estradas são iluminadas o suficiente e as nuvens realmente tem formatos engraçados. Quem sabe amanhã você ainda me ame...

Essas revoltas e melancolias sempre são frutos da minha TPM!
Que fique bem claro, meu namoro está ótimo (:
=*

domingo, 12 de setembro de 2010

Domingo, 12 de setembro de 2010.

E meu rímel ainda mancha meu rosto no fim de noites insanas, procurando inutilmente diversão longe de você. Abraços desconhecidos, perfumes fortes ou imperceptíveis, beijos descartáveis... Onde está o colorido que eu via quando você sorria? Onde está o amor que me consumia? Onde está você?Se ao menos eu soubesse em que parte do caminho você ficou eu voltaria lá e te traria um mundo de sonhos pra serem vividos, eu devolveria ao meu coração tudo que o falta. As manhãs sempre chegam, tão frias, tão constantes... Eu não sei mais amanhecer. Mas eu estou bem, eu estou segura. A hipocrisia ainda é necessária pra que o mundo gire certo.

Não, realmente não tem sentido.
E não é verídico ;)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quinta-feira, 02 de setembro de 2010.

E talvez, essas palavras lançadas sobre o vento nem te alcancem, as escrevo com a esperança que elas esbarrem em você, bagunce seus cabelos e lhe causem algum efeito. Eu deveria dizê-las, tornando-as ásperas e inconseqüentes, mas eu não saberia fazê-lo sem antes acabar com o meu estoque de lágrimas e sentimentalismo – e eu espero ainda precisar dele um dia. Seria mais fácil se você fosse embora e deixasse aqui dentro um vazio com nome qualquer... saudade, nostalgia, poderia ser clichê... nesse caso, eu nem me importaria. Mas você só se foi, só levou de mim os abraços, os afagos e toda reciprocidade. Ainda vive aqui, ainda pulsa aqui, ainda machuca um pouco mais a cada minuto. Eu não tinha como saber que o seu “sempre” acabaria na próxima esquina ou que sua personalidade era de vidro, que as suas sinceridades não eram sinceras e que a sua vida não passava de atos do teatro com uma platéia idiota pra aplaudir cada desfecho medíocre. Foi quando eu percebi que eu era só mais uma parte do seu cenário e que no próximo ato você sequer lembraria dos meus sorrisos ou perfumes variados. Era minha vez de encenar, era minha vez de fingir viver...É assim que eu estou agora, nas paredes do quarto desenhos retrógrados de solidão, nas mãos velhos papéis em branco ou manchados pela falta dos seus olhares, aqui dentro... só você, eu já não me encontro, eu já não existo.