segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

(...)

E eu estava lá sentada, admirando a apatia da noite, gatos atrevidos sob as telhas, vento uivando baixo, alguns murmúrios dos grilos desolados... Na cabeça, desenhos doentios de uma solidão inexistente... No corpo, a irritante falta de atitude. Eu desacostumei a noites silenciosas e o brilho natural da lua não surta mais efeito sob minha pele, nem preenchem os espaços vazios do meu olhar. O complemento se faz ausente, quem sabe conversando em alguma mesa de um bar de esquina, quem sabe ouvindo aquele velho CD, quem sabe gastando pensamentos com meus sorrisos. Eu já não penso nisso. Aliás, eu já não penso em nada – eu temo as respostas. Algum descaso posto à mesa me convence a ir embora, sem malas, sem rumo... deixando num embrulho vermelho a saudade, pra que assim, eu me faça presente - ainda que através da ausência. Não me sinto tão útil por perto. Mas no céu não há marcas de estrelas, não há luz, não há caminhos e eu ainda carrego no corpo vestes de apatia e resquícios de falsos abraços. Amanhã talvez haja motivos...

Eu preciso dizer que estou de TPM? :D

sábado, 27 de novembro de 2010

(...)

Não, esta não é, nem pode ser a última vez que os meus dedos sentem a textura de suas mão ou que seu perfume incorpora a minha pele como se já fizesse parte dela. Você está fazendo errado, não fite a indiferença, deixe que eu ponha de volta o brilho dos seus olhos... Não vá embora, confessa no meu ouvido que quer ficar. Desliza a mão sobre os meus cabelos como de costume, não estrangule o meu sorriso, sorria... me encare, me ame. Não desista de mim, não esqueça dos filmes ou da presilha vermelha que eu usava quando você tropeçou no meu caminho. Não se sinta só, eu também tenho medo. Não chore, enxugue minhas lágrimas. Não vá ainda, eu preciso respirar. Não me deixe aqui, não se cale – se embale no meu afeto, se acomode no meu amor. Não me solta, me abraça, me envolve. Não bata a porta, permita-se ser amado, não apague a luz... eu me sinto insegura no escuro. Não me esquece...

Atenção, se alguém encontrar o sentido ou a lógica do texto, favor devolvê-la
;*

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

(...)

E o cheiro dos meus cabelos nem parece o mesmo quando não estão espalhados pela sua pele, o desenho do meu corpo se desfaz quando não acompanhados pelo seu toque leve, minhas músicas somem por entre as notas do seu violão. Não, não é como se faltasse algo, é como se faltasse tudo, aliás... me falta tudo. Eu adorava respirar entre um sorriso e outro, adorava seu olhar desconfiado de quem pede mais e seus suspiros de quem já está entregue. O som das ondas me é estranho, nem me lembram os milhares de castelos de areia destruídos naquelas tardes quentes de verão, em que você reclamava das poucas roupas que eu usava e me dizia com ciúmes que eu era só sua - e eu era, aliás... eu sou. Continuo colando os recortes das nossas velhas fotos, em cima do mesmo sofá em que passamos várias noites vendo filmes idiotas e apostando qual de nós dormiria primeiro. Lembro dos desfiles de moda que eu fazia com as suas blusas e do quanto você ria quando alguma delas me engolia e de como você me pegava nos braços e como olhava pra mim e como me amava e de como era meu...

Inspiração nem tão bem aproveitada, mas tava com saudades daqui (:

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quinta-feira, 18 de novembro de 2010.

É escuro, é sórdido, é indescritível. O excesso que me destruiu, agora é ausente...
E cara, que falta ele me faz...

"O mundo está girando ao contrário e ninguém reparou" (8~
Sábio Nando Reis...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sexta-feira, 05 de novembro de 2010.

E sim, as palavras são falhas... Elas seguem o caminho do vento, dificilmente alguém as acompanha. É fácil assumir falsos sentimentos, ou declarar alguns que se acham verdadeiros. É fácil encurtar o pra sempre em duas sílabas e algumas poucas letras, difícil é cumprir a eternidade de promessas feitas, cada vírgula do que um dia já foi dito. Alguém já me disse que tudo que é dito trás conseqüências, que a palavra dita jamais retornará a boca...verdades inquestionáveis, mas as palavras também se perdem, se perdem do seu significado, do seu propósito, se perdem de nós. Quantas certezas foram jogadas no ralo da pia enquanto se chorava por um amor? Quantas declarações foram rasgadas e esquecidas diante de uma traição? Quantas promessas foram cumpridas e refeitas diante de um recomeço, de uma nova paixão? Quantas idiotices você já falou, tendo certeza que eram verdades e pior, absolutas? E as tantas e inúmeras vezes que você foi atingido pelo reflexo de suas próprias palavras? Talvez eu seja amante do silêncio, mas antes ele do que palavras alheias jogadas em momentos aleatórios, pra alguém que talvez não passe mais que algumas primaveras inúteis na minha vida. Eu já fiz promessas de fidelidade eterna - não me arrependo - mas as vezes eu duvido dessa tal de eternidade, ninguém chegou pra me dizer qual a cor que ela tem, o gosto, o som... às vezes eu acho que ninguém nunca a viu, talvez por não viver o suficiente, talvez por ter mudado o trajeto...Eu corro em sua direção e espero poder descrevê-la em linhas poucas e objetivas, feliz por tê-la visto, por tê-la encontro, por tê-la vivido. Feliz por cumprir as palavras que conscientemente eu lancei no ar, feliz por fazer feliz quem as escutou. Feliz por não ver virar pó o que parecia sincero em outros tons, em outros corpos....

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quarta-feira, 03 de novembro de 2010.

E talvez eu tenha cansado de temer, de manter sempre os pés atrás da linha vermelha, de não consegui ou não querer avançar, eu cansei dessa entrega parcial que machuca tanto diante da recíproca. Eu quero mergulhar de uma vez nesse mar de promessas, nessa felicidade colorida que me bate a porta e me dá bom dia, no seu olhar sempre tão firme no futuro. Eu não quero pintar quadro realistas e esquecer de sonhar, de sonhar que o amanhã pode sim ter a quantidade de estrelas que eu quiser, o sol que eu desejo. Que você poderá acordar ao meu lado, me fazer um café da manhã desastrado e me fazer ainda mais feliz e que você vai sorrir e sempre iluminar o meu dia, assim como faz hoje... Eu cansei de determinar limites para o que eu sinto, para o que eu suporto, para as forças que eu tenho pra lutar por alguém que só me faz bem. Cansei de ser só eu. Agora eu quero ser um pouco mais de você, mais sorrisos e músicas na madrugada, mais companheirismo, mais vida. Agora eu quero ser sua – mais do que nunca. Sem medo, sem clichês, sem limites...


Minha inspiração é você. Ainda duvida?
545 dias (L)...


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Terça-feira, 02 de novembro de 2010.

E eu vivo mesmo aqui sentada, relendo antigas mensagens que você me mandava quando podia expressar seu amor sem culpa. Sentada naquele velho banco, esperando em vão que seja você a cruzar a esquina, ganhando a certeza que eu estarei de novo por aqui amanhã – isso me incomoda. Talvez essa certeza seja mais sua do que minha, é por isso que você sempre me deixa pra depois, sempre deixa o tempo passar como quem tem certeza que ele seria incapaz de tocar em um fio do cabelo do amor que eu sinto por você, como quem sabe que nada seria capaz de destruí-lo - senão eu mesma e nessa batalha eu não sou a maior guerreira. Eu me despi do orgulho pra te ter por mais uma noite, eu me despi de mim por você e não foi o suficiente – temo que esteja além das minhas mãos. Você vive me procurando em outros rostos, em outros perfumes, vive sonhando com nossos dias felizes, mas é incapaz de resgatar nossa felicidade que está desenhada na palma da sua mão – hoje eu sei o significado de indecisão. Vez por outra eu desenho no travesseiro rabiscos do futuro, e lá sempre te encontro, sempre desenho seu sorriso ou seu jeito tímido de dizer que me ama. Eu vivo em você, em cada passo do seu dia, em cada ligação não feita, em cada noite de arrependimento, nem você sabe como me tirar do caminho, como respirar um ar diferente – ou saiba e simplesmente não queira. Eu ainda estou aqui , vivendo pelo muito de você que vive em mim, não espere que outro dia amanheça, segura a minha mão, o destino se encarrega de todo resto...

Texto dedicado a Auane Beatriz =)
Amo você (L)

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Segunda-feira, 25 de outubro de 2010.

E quem sabe antes mesmo do sol chegar, eu esteja ao seu lado, acompanhando cada nota do seu violão, os diversos timbres da sua voz, os seus sorrisos e frases nem tão perfeitas - mas espontâneas em todo caso. Como esquecer a troca de olhares, eu estava longe, mas ainda sim seus olhos estavam fixos, prendendo-me dentro daquela imensidão azul. As luzes te rodeavam, enquanto eu te aplaudia da escuridão, eu tinha certeza que você era capaz de sentir meu orgulho... No caminho do amor, a admiração é o primeiro passo, eu temia, mas tinha certeza, este ambos já tinham dado. Eu devia prestar mais atenção nas mudanças repentinas de humor, no desejo escondido atrás de cada palavra não dita, mas era longe, está longe... embora tenha se espalhado até o último fio do seu cabelo. As coincidências deviam ser obra do acaso, a insistência marcas da minha, da nossa teimosia... As vezes sou eu que estou no palco, sendo admirada ou analisada por você e a cada dia com mais medo das suas conclusões. Eu devia só esperar o sol, mas o seu "eu" já invadiu meus papéis e os meus sonhos coloridos... Você já me invadiu por completo e agora eu quero ser aquele seu sorriso discreto ou a sua admiração escancarada, agora eu quero ser a nota que você ainda não alcançou...

Bellynha, na aula de fisiologia serve?
Este ficou mais digno que o de baixo ;D

Segunda-feira, 25 de outubro de 2010.

Uma calçada antes tão pequena pra nossos desejos e planos, hoje é ainda pequena... para minha repulsa e decepções e pra suas tentativas inúteis de mascarar suas ilusões... Talvez eu seja capaz de ler através dos seus olhos e ver mais que o atrativo preto que os preenchem, embora isso não me interesse mais. Eu quis descobrir cada um dos seus segredos, quis tocar as notas musicais escritas no seu caderno de anotações, eu quis ser pra você o que eu achava que você seria pra mim um dia. Mas o querer não é suficiente e agora você sabe disso mais do que eu mesma... Meus segredos espalhados pela mesa, meus sentimentos guardados no seu bolso direito, meus planos amassados dentro da gaveta de sua cabeceira, não havia mais maneiras de ser sua, não havia mais formas de entrega. Eu só esperava por uma mão estendida, um sorriso discreto, um brinde a eternidade... (Eu ainda acho que não era muito...)

Não, eu não sei o que é isso o.O


quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Quinta-feira, 14 de outubro de 2010.

E se o tempo não fosse tão preciso, talvez você estivesse pairando em minhas mãos, talvez eu te guardasse no bolso ou te estampasse em cada um dos meus sorrisos. Se o tempo não fosse tão preciso, não teria sido tarde demais, as vontades efêmeras renderiam frutos e talvez eu visse um pouco mais as minhas expectativas tão distantes. Se você não fosse amante do tempo, ouviria meus apelos, se acomodaria em meu abraço e seria feliz cada vez que o sol o tocasse no rosto. Se o tempo não fosse o senhor da razão, eu teria motivos suficientes pra duvidar de sua eficiência... Se o tempo se ausentasse, você realmente viria?

Oi, eu não esqueci disso aqui, AINDA.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Sexta-feira, 01 de outubro de 2010.

E é como se parte de mim tivesse morrido, ou esquecida em algum daqueles lugares macabros e escuros de nossas recordações. Vai ver eu só não saiba ser completa. Eu engano meus papéis com negações idiotas, vivo em você e permito que viva em mim – talvez eu simplesmente não tenha escolha. Eu deveria ao menos me ouvir de vez em quando, minha nostalgia materializada em conselhos inaudíveis não é tão útil, eu sempre esqueço do passado e acabo a noite jogada em seus braços com uma pontinha de arrependimento esmagada pelos sentimentos infantis e apaixonados que me dominam quando você ri. Mas no dia seguinte, eu continuo atravessando as mesmas ruas escuras, deixando na areia pegadas solitárias de quem vive a esperar um olhar mas terno ou uma promessa mais duradoura. Esta noite eu não deveria ser sua, ao menos essa noite...

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Quinta-feira, 23 de setembro de 2010.

E nem o vazio foi capaz de atravessar sua insensibilidade. O silêncio já não era oportuno, ele incomodava, doía mais do que todas as cargas exageradas de palavras despejadas sobre mim em outras épocas...Mas você ainda sorria, aquele mesmo sorriso leve enfeitado com declarações...a distância entre nós parecia imperceptível ou talvez indiferente. Você não precisava mais dos meus conselhos, seus dilemas já estavam resolvidos e a minha inutilidade se sobrepôs aos meus encantos infantis... Você não se preocupa em disfarçar a monotonia das nossas tardes, sequer repara no brilho constrangedor dos meus olhos ao te ver...Talvez daqui há poucos dias, nada mais reste além do pedaço de você que se instalou aqui, quem sabe ele se dissolve em meio as lágrimas resistentes, quem sabe ele cresce e eu possa assim refletir cada um dos seus sorrisos. Você já não é meu, já não me deixa ser você... Me permita então, te viver só mais uma noite... me deixe aquecer seus sonhos, só me deixe amar pelos poucos dias que ainda nos restam.

Meus textos tão uma decadência ¬¬'
Mas enfim, é o máximo que eu tenho tempo de fazer com essa correria doida que tá a minha vida o.O

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Quarta-feira, 15 de setembro de 2010.

E se o futuro for mesmo tão escuro, eu prefiro ficar a luz do sol, nem que pra isso eu estacione e deixe a vida escorrer pelas minhas mãos. As lanternas sempre apagam, a luz do fim do túnel nem sempre existe e eu não tenho mais idade pra acreditar em elefantes coloridos. A felicidade plena é utópica e por mais que se queira não se pode ter tudo, renúncias são necessárias... mas eu não estou disposta a renunciar você! Eu me recordo bem dos nossos planos nos fins de tarde, dos nossos filhos, nossa casa na praia... nosso futuro! Eu não sei desenhá-lo como meu. Quem sabe amanhã você esteja aqui, sorrindo e me trazendo aquela paz de sempre, me fazendo pensar que as estradas são iluminadas o suficiente e as nuvens realmente tem formatos engraçados. Quem sabe amanhã você ainda me ame...

Essas revoltas e melancolias sempre são frutos da minha TPM!
Que fique bem claro, meu namoro está ótimo (:
=*

domingo, 12 de setembro de 2010

Domingo, 12 de setembro de 2010.

E meu rímel ainda mancha meu rosto no fim de noites insanas, procurando inutilmente diversão longe de você. Abraços desconhecidos, perfumes fortes ou imperceptíveis, beijos descartáveis... Onde está o colorido que eu via quando você sorria? Onde está o amor que me consumia? Onde está você?Se ao menos eu soubesse em que parte do caminho você ficou eu voltaria lá e te traria um mundo de sonhos pra serem vividos, eu devolveria ao meu coração tudo que o falta. As manhãs sempre chegam, tão frias, tão constantes... Eu não sei mais amanhecer. Mas eu estou bem, eu estou segura. A hipocrisia ainda é necessária pra que o mundo gire certo.

Não, realmente não tem sentido.
E não é verídico ;)

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Quinta-feira, 02 de setembro de 2010.

E talvez, essas palavras lançadas sobre o vento nem te alcancem, as escrevo com a esperança que elas esbarrem em você, bagunce seus cabelos e lhe causem algum efeito. Eu deveria dizê-las, tornando-as ásperas e inconseqüentes, mas eu não saberia fazê-lo sem antes acabar com o meu estoque de lágrimas e sentimentalismo – e eu espero ainda precisar dele um dia. Seria mais fácil se você fosse embora e deixasse aqui dentro um vazio com nome qualquer... saudade, nostalgia, poderia ser clichê... nesse caso, eu nem me importaria. Mas você só se foi, só levou de mim os abraços, os afagos e toda reciprocidade. Ainda vive aqui, ainda pulsa aqui, ainda machuca um pouco mais a cada minuto. Eu não tinha como saber que o seu “sempre” acabaria na próxima esquina ou que sua personalidade era de vidro, que as suas sinceridades não eram sinceras e que a sua vida não passava de atos do teatro com uma platéia idiota pra aplaudir cada desfecho medíocre. Foi quando eu percebi que eu era só mais uma parte do seu cenário e que no próximo ato você sequer lembraria dos meus sorrisos ou perfumes variados. Era minha vez de encenar, era minha vez de fingir viver...É assim que eu estou agora, nas paredes do quarto desenhos retrógrados de solidão, nas mãos velhos papéis em branco ou manchados pela falta dos seus olhares, aqui dentro... só você, eu já não me encontro, eu já não existo.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Terça-feira, 31 de agosto de 2010.

E quem diria que aqueles sorrisos tão idiotas e admiráveis estariam distantes de mim, ou pior, que eu teria aversão a eles. Eu não deveria ter medo de partilhar meus segredos, muito menos meus medos, antes eu podia me demonstrar insegura, seu abraço sempre me defendeu de tudo – inclusive de mim. Não dá pra simplesmente ignorar tantos dias de convivência, não dá pra fingir que você não participou dos meus dilemas infantis sobre o que vestir ou o que o futuro nos reserva. Você já foi bem mais que meras recordações... Eu não tive oportunidade pra olhar nos seus olhos, não havia verdade ali, não havia você. Eu poderia esquecer os seus deslizes e abraçá-lo como já fiz algum dia, mas você tocou em coisa sagrada, ignorou o que eu tenho de mais precioso, isso eu realmente não posso perdoar. Talvez você esteja mais feliz sem meus gritos sem motivos, minhas crises espalhafatosas de riso, sem um pouco de mim em tudo que você pensa ou faz. Talvez suas pernas estejam mais seguras sem todos os apoios que faziam tudo por elas, talvez você sinta minha falta – quem sabe você realmente sente alguma coisa além do medo absurdo de parecer idiota por se redimir com as pessoas que um dia constituíram cada milímetro do seu sorriso...

A carapuça com certeza vai servir pra alguém e foi meesmo a inteção [fikdika (:


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Sexta-feira, 27 de agosto de 2010.

E talvez daqui a alguns anos ainda estejamos dividindo a mesma cama e as mesmas experiências, talvez nossas mãos ainda se unam pra passeios românticos num parque deserto. Mas talvez você tenha mesmo ido embora... Agora você quer alguém que consiga manter uma conversa boba e sem propósito nenhum, que mantenha os pés no chão e os braços sempre a sua volta e eu não correspondo mais a tais expectativas. Quem sabe se eu tivesse um pouco mais de paciência pra escutar seus dilemas bobos ou pra sua popularidade chata, quem sabe se eu ocultasse parte de mim pra que pudessem te ver no meu reflexo, quem sabe se eu não tivesse aberto a porta... talvez você estivesse aqui acariciando meus cabelos e contando suas histórias engraçadas e nem um pouco verídicas e eu estivesse admirando seu sorriso e suas diversas expressões, me perguntando em que ponto eu me deixei entregar... Vai ver que haja um reencontro no futuro, no mesmo banco da praça em que admirávamos a inocência das crianças ou a beleza das árvores desgastadas do outono, vai ver consigamos discutir política ou qualquer assunto sem importância e contemos um ao outro as experiências que nos trouxeram cada frio branco dos nossos cabelos... Talvez as minhas mãos ainda reconheçam a sua e tenham esperado por ela por todo o tempo. Talvez você nem lembre de mim, mas eu reconheceria seu sorriso ainda sim. Talvez só não haja mais talvez...

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Terça-feira, 24 de agosto de 2010.


E quando os seus sonhos tornam-se reais não há mais nada que importe. Seus pés cansam, seu corpo grita por mais cinco minutos de sono, mas você sorri e continua caminhando, agora pelo caminho que você escolheu, com seus próprios pés e livre pra expor as suas idéias mais idiotas. A banalidade é casual, o tempo é curto, a responsabilidade é enorme. A saudade grita, os olhos respondem. Mas o coração está feliz, o cérebro ocupado e os ideais cada dia mais perto.

Medicina por sonho, medicina por amor (L)~
De fato Realizada².

Me perdoem a ausência, não tenho tempo, não tenho sequer inspiração :*

domingo, 15 de agosto de 2010

Domingo, 15 de agosto de 2010.

Agora que eu já ensinei o caminho, era de fato a hora de você bater a porta e me dizer adeus... Eu precisava soltar esse sorriso de satisfação ao te ver me dando as costas – mas dessa vez por um desejo meu. Eu já não me preocupo se você ouve canções retrógradas enquanto lembra do meu jeito infantil de te dar bom dia, não me preocupo se você sente minha falta ou se ainda deseja minha mão entre seus cabelos. Eu não me preocupo com você. Não me importa se as minhas palavras foram um pouco além do que seus ouvidos sensíveis podem agüentar, não me interessa se você ainda sangra ou se já chorou arrependido. Pra ser sincera seus sentimentos não fazem a mínima diferença, eu não confio em nenhum deles. O fato é que eu não quero está por perto quando o frio for intenso, eu não quero te abraçar enquanto você chora admitindo cada um dos seus erros idiotas, eu não quero viver a sua vida – não mais. Seus deslizes talvez tenham concerto, mas é fato que eu fui seu maior e mais prazeroso erro, talvez o único que você não queira superar... Eu já passei por você, não me procure, eu estou bem distante dos seus braços e suas correntes...

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Quarta-feira, 11 de agosto de 2010.

Mas é previsível que daqui a algum tempo, meu raro sentimentalismo não o satisfaça mais. Você vai precisar de algo novo, de alguém que não solte a sua mão ou que te acompanhe no fim de tarde pra alimentar pombos no parque. O fato é que esse alguém não sou eu. E eu lamento, de verdade. Respirar é bem mais fácil quando você está por perto, meus sorrisos são mais leves quando você os provoca, amar é mais real quando é com você. Mas eu não posso, talvez eu simplesmente tenha medo de mudar e esse medo idiota me faça esquecer o que faz de mim uma pessoa especial. Eu já não ouço músicas românticas, nem me sinto nostálgica com casais apaixonados. Eu o amo, mais isso não é suficiente – não pra mim, é provável que muito menos pra você. Eu esqueci como se alimenta bons sentimentos, passei longos dias achando que eles sequer existiam... Eu sei que você vai estar melhor sem mim, mas enquanto isso não é visível aos seus olhos, eu o acolho em meus braços e me permito me enganar, achando que talvez eu me acostume a partilhar esse mundo obscuro que me foi imposto. Não se preocupe, eu ficarei aqui até que você durma...

PS: FICÇÃO OK? ¬¬' Era legal que parassem de fantasiar os meus textos e de encaixar meu namorado no meio dessa melancolia ;) [/ficadica
Estou de volta, não sei se com inspiração suficiente =*

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quinta-feira, 22 de julho de 2010.

Você não tem noção do quanto era difícil respirar sem você, de como meu sono era raro, do quanto sem sentido ficaram meus sonhos... Você seria incapaz de prever quantas noites eu virei jogada no sofá tentando encontrar algum motivo pra levantar no dia seguinte e arriscar um sorriso tímido, do quanto ser feliz contradizia todos os meus sentidos. Talvez não faça idéia do quanto eu dependia da sua voz ou dos seus suspiros impacientes, das tantas vezes que o orgulho tentou silenciar meus olhos que gritavam a todo segundo por você. Mas eu sou capaz de descrever tudo isso, é provável que eu deixe algumas lágrimas caírem e perca o fôlego vez ou outra, mas eu posso te mostrar as marcas e cicatrizes que me restaram, talvez você realmente sinta alguma coisa, embora isso me pareça impossível. Quem sabe seus olhos passem a enxergar seus erros idiotas e evite que você volte a cometê-los com outras mentes inocentes e idealistas. E caso você realmente possua algum desses sentimentos que descreve com tanta cordialidade, guarde-o nos bolsos pra alguém que os deseje, eles não me parecem mais tão coloridos... Se sentir o coração apertar, as mãos tremerem e ter a desagradável sensação de viver por nada não se assuste, elas vieram mais fortes ao meu encontro e hoje eu as escrevo sem muito esforço e sem martírios. É provável que passem despercebidas por você, ou que passem rápido demais como todo os seus impulsos... Hoje eu respiro perfeitamente e dispenso suas justificativas decoradas... Desculpe se neguei ajuda, desculpe se bati a porta, é que a minha casa já estava limpa....

Eu tou viva e bem. obrigada ;D

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Terça-feira, 13 de julho de 2010.

E eu o enxergo qualquer que seja o lugar que eu olhe – ainda que queira com todas as minhas forças ignorá-lo, ele está acomodado nas minhas cobertas, nas roupas entocadas no velho armário, contaminando as folhas brancas da estante. Esse amor que já não me é abstrato continua aqui, transformando cada uma das minhas melodias em notas soltas e sem harmonia, me fazendo trocar vida por lembranças vagas. Eu rasguei clichês idiotas de solidão me livrei de fotografias e falsas declarações, deixei que as flores murchassem sem me dá o trabalho de resgatar o cartão com um pedido decorado de desculpas. Ainda sim não escuto o canto dos pássaros ou sinto a brisa em meus cabelos, talvez tudo tenha realmente parado. As entrelinhas foram lidas, as ilusões desfeitas... Uma única verdade fez todo resto parecer mentira...

Eu não sei porque, mas gostei do texto... (:

terça-feira, 6 de julho de 2010

Segunda-feira, 05 de julho de 2010.

Eu não deveria está aqui de novo, manchando meus papéis ou perdendo mais tempo por sua causa. Sua ausência, a esta altura, já deveria passar despercebida... mas não passa e isso me trás um desconforto visível a qualquer olhar – até mesmo os indiferentes. É essa mesma ausência que me faz dormir decepcionada por sempre esperar alguma coisa de você. É idiota que uma história restrita a teses e possibilidades, antecedida sempre por um “se” faça falta, aliás... a verdade é que não há história... só hipóteses mal resolvidas que ainda me fazem desenhar as mesmas ilusões no travesseiro. Eu me sentia bem lhe sendo útil, mesmo que pra coisas banais ou pra escutar problemas alheios a minha vida ou a minha vontade, mas era você quem falava, era você quem estava aqui, era você quem confessava precisar de mim e de todos os meus sorrisos bobos. Agora não há mais nada, só um silêncio questionável e aquelas mesmas dúvidas, mesmo que eu já não me importe com as respostas, elas existem e eu não consigo simplesmente ignorá-las. Hoje, mais do que nunca, eu não deveria lembrar de você ou sentir sua falta – mas eu sinto, embora já não me incomode tanto. Eu não vou mais gastar uma vírgula sequer com vestígios seus ou com idealizações idiotas da menina romântica que eu fui um dia...O fato é que eu já consigo respirar normalmente e eu já me habituei – mesmo contrariada - a viver sem você...

Bom, não me culpem pelo texto... A culpa é do tédio.
Eu nem ia postá-lo, mas alguma coisa nele me agradou..
Sei lá, vai ver ele esteja bonitinho ;D

sábado, 3 de julho de 2010

Domingo, 04 de julho de 2010.

Talvez o problema não seja este ou qualquer outro, o fato é que você espera demais de mim, aliás... todo mundo espera demais de mim. Mas agora eu estou falando de você, dessa sua mania de me repreender por qualquer erro bobo e de morrer de orgulho simultaneamente, dessa sua mania de esperar de mim atitudes sempre maduras e condizentes com suas opiniões. É fato que sempre viveu por mim, que sempre me acompanhou pelas trajetórias mais malucas que a vida me impôs, também é fato que desconhece muitos dos caminhos que eu trilhei, do medo que se apossou de mim e da vontade desesperada de gritar por você que eu senti em algumas noites. Você não conhece um terço da minha história e ainda sim desvenda com facilidade meus sentimentos camuflados como se estivessem expostos em minha testa. Ainda sim, me repreende por me ver sendo adolescente e deixando de lado aquela mulher adulta que escuta e se preocupa com seus problemas como se pudesse fazer alguma coisa – ou melhor, rezando pra que um dia realmente possa. Eu só quero curtir essa fase tosca de hormônios a flor da pele, eu quero sair e beber se achar conveniente, eu quero dançar até meus pés reclamarem, eu quero fazer o que você fez sem se preocupar com provas ou com a responsabilidade de sempre ser melhor... Eu quero poder dormir tranqüila, sabendo que satisfiz as pessoas que eu amo, que eu os orgulho sendo eu mesma e que não preciso passar noites acordada tentando descobrir um jeito inexistente de agradar todo mundo. Eu quero sentir a liberdade em mim, me trancar no quarto e ouvir músicas altas sem ouvir críticas. Eu quero poder aproveitar a única fase da vida em que se permite ser irresponsável, ainda que com conseqüências. Eu não preciso dos seus julgamentos, eu preciso dos seus cuidados, do seu sorriso orgulhoso e do abraço protetor... Eu preciso do seu amor tão único. Preciso viver por você como viveu por mim até hoje e o farei, mesmo que alguns dias seus problemas ou a divergência de personalidades te ceguem e impossibilitem meu tão precioso reconhecimento.

"Pai, me perdoa essa insegurança que eu não sou mais aquela criança que um dia morrendo de medo, nos teus braços você fez segredo, nos teus passos você foi mais eu (8~~"
Eu poderia dizer isso a você, mas tal pai, tal filha...
eu tambem não consigo...


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sábado, 03 de julho de 2010.

E aquela velha dependência toma conta dos meus papéis de novo, dessa vez de maneira saudável e com seu sorriso de garantia. As palavras jogadas de maneira desastrada descrevem um amor puro e uma reciprocidade totalmente novos aos meus olhos e que enchem minha vida normal de um colorido exagerado e viciante. Os rabiscos futuristas contém vestígios seus, principalmente da sua mania de me fazer rir com extrema facilidade. Eu não tenho os pés no chão, também não tenho a cabeça nas nuvens. Não há mais espaço pra fantasias - ainda que satisfatórias. É esse realismo que me trás a certeza necessária...

"Me dá tua mão e vem que o amor já separou o que é da gente (8~~"
425 dias com você (L)

Quarta-feira, 30 de junho de 2010.

E aquela estrela ainda deveria me trazer as mesmas recordações, por pelo menos mais um dia. Ela deveria está ofuscando todas as outras, ela deveria cegar meus sonhos mais uma vez e me fazer sorrir ao lembrar um pouco de você. Mas ela não possui mas o mesmo brilho, ela não preenche meus romantismos idealizados, nem aquece meu coração agora solitário. Ela não teve poder pra te manter aqui ou me fazer voltar, ela não iluminou a escuridão, nem amenizou minhas dores, ela não devolveu aos meus olhos qualquer espécie de vitalidade... Talvez ela tenha cansado de ser o único vestígio concreto de você e dos meus raros dias felizes ao seu lado. Confesso tê-la ignorado alguns dias, seu brilho parecia sórdido olhado só por mim, faltava sua admiração, faltava um pedaço seu... E quando a noite anuncia sua chegada inevitável, ela me sorri tímida, como quem pede desculpas por não ter cumprido as promessas fantasmas que você me fez. Eu retribuo e por fim peço que ela ilumine sua vida e cuide dos seus sentimentos surreais, tornando-os no mínimo meias verdades ou que dê a eles um pouco de sentido. Peço que ela não te deixe só e que afaste de você a solidão que me apavorou por longos dias, que ela faça o que eu não pude fazer por medo, por surtos seus, por amor próprio ou por ter que seguir em frente sem olhar pra trás uma única vez sequer... Eu ainda mando bons ventos ao seu encontro e ainda guardo sorrisos e abraços sinceros enrolados ao seu nome....

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Quinta-feira, 24 de junho de 2010.



Era mesmo uma tragédia televisiva – se tivessem dado ao fato o destaque merecido. O desespero estampado nos olhares apreensivos, a companhia constante do medo, a procura incansável por refúgio, não havia como fechar os olhos – ainda sim alguns sequer os abriram, não molharam os pés e não se preocuparam com aqueles que tinham os olhos molhados pelo desamparo... Corações literalmente se desfizeram, não foram capazes de absorver tanta tragédia real em tão pouco tempo, uma cidade resumida a destroços, casas, centro comerciais, sonhos... tudo sendo levado rio abaixo deixando na população uma sensação corrosiva de impotência. Por outro lado, a solidariedade contrastou a calamidade, alianças impossíveis sendo feitas ou renovadas, além da comoção visível a dor alheia... Estar vivo é uma dádiva e é de saúde – além da óbvia ajuda – que precisamos pra recomeçar. Vamos minha Palmares, pedir forças a Deus pra olhar pra frente.. porque o passado literalmente não existe mais!

"E mesmo quando a visão se turva e o coração só chora, mas na alma há certeza da vitória (8~~"

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sexta-feira, 18 de junho de 2010.

E eu virei mais uma noite tentando descobrir o objetivo real desse seu jogo idiota. Obter uma história diferente pra aumentar o ego não é concreto o suficiente. Eu ainda deveria está do seu lado, perdendo o ar de tanto rir, fazendo ceninha de ciúmes ou esperando por mais uma ligação, mas estou aqui, desenhando solidão entre as cobertas pra ver se o cansaço enfim me vence. Eu me sentia confortável estando acomodada na palma de suas mãos, mas não esperei que fosse - com tanta boa vontade - me deixar escapar entre seus dedos. Eu não estava pronta pra te ver dividindo segredos ou algumas de suas piadas sem graça com outras pessoas. Você prometeu está aqui pela manhã, lembra? Também disse que me pertencia, mas eu não te deixei ir embora e ainda sim você se foi, você e mais uma de suas promessas frágeis. Talvez eu seja mesmo a pessoa errada e não exista destino escrito em lugar nenhum pra nós. É provável que eu tenha sido só uma peça desse jogo sujo que você usa pra preencher um pouco do vazio que o silencio da noite te trás. Eu nunca quis ser a garota dos seus sonhos, eu quis ser a garota da sua vida – mas nela já não havia espaço.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quarta-feira, 16 de junho de 2010.

E olhando pra trás nem parece que o caminho foi tão longo, meus pés não estão cansados , minha mente não trás seqüelas dos antigos martírios e meus olhos não trazem sequer vestígio de sofrimento. O coração tem marcas permanentes sim, mas são discretas e eu já nem as sinto. É estranho ler meus antigos escritos e me senti fora de contexto, alguns dos mais melancólicos até me assustam. Eu venci a ausência,a insegurança, venci meus próprios preconceitos. Eu superei decepções, ciladas absurdas contra mim e meus princípios e inacreditavelmente ainda carrego a mesma expressão ingênua de três anos atrás – só aconselho não se deixar levar por ela. Hoje eu caminho sob as minhas pernas, posso não ter uma auto-estima exemplar, mas eu sei do que sou capaz e não são opiniões ou achismos baratos que irão influenciar minha segurança. Não sinto falta nenhuma do que um dia considerei essencial, não sei mais viver sem coisas que tantas vezes deixei pra trás. Já gargalhei tendo no peito uma dor quase insuportável, já chorei quando quis morrer de rir, já fingir sentir alguma coisa só por está acostumada a senti-la. Já estive no chão, mas fingi está no alto pra fortalecer quem precisava ou pra não confirmar a vitória dos que assim desejaram. Eu já achei que sabia muito e alguém sempre me mostrou que eu não sei nada comparado ao tanto de coisas que tenho pra aprender... Eu ainda curto a idéia de ser uma mera aprendiz e talvez por isso eu esteja tão a frente desse mundo, tão isenta da hipocrisia e desses falsos moralismos. Eu posso voar , esses seres rastejantes dificilmente me alcançarão e caso aconteça... eu tenho quem me leve novamente as nuvens e me faça desfrutar do arco-íris...

sábado, 12 de junho de 2010

Sábado, 12 de junho de 2010.


Ela precisava de alguém que não a deixasse mais, alguém que acariciasse seus cabelos enquanto ela dorme. Ela precisava se sentir completa e não mais esperar por uma metade que talvez nunca venha. Ela precisava de sentimentos reais, de declarações palpáveis. Ela precisava esquecer da solidão e não sentir frio nas noites de inverno. Ela precisava de alguém que a abraçasse e fizesse o mundo girar devagar ou rápido demais. Ela precisava dos extremos, desisti de vez de meios-termos. Ela precisava não está mais entre aspas. Ela precisava de alguém que a ligasse nem que fosse pra escutá-la respirar, de alguém que fosse capaz de mudar seu humor em questão de segundos. Ela precisava ser entendida, precisava ter uma companhia sólida para as vezes que o mundo se torna repulsivo.Ela precisava não ser só. ELE sorriu.... e ela já não precisava de mais nada....

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quarta-feira, 09 de junho de 2010.

E agora os meus dentes estão cerrados, da minha boca não sairá nenhuma insinuação ainda que insignificante sobre a minha vida, os dias realmente ensinam tudo pra nós... Aprendi que a ironia é a forma mais baixa de mesclar o medo e a falta de argumentos e que na ocasião nem irrita, nem convence - é inútil. Percebi que um empurrão pode não machucar, mas põe um fim em falsos moralismos e castelos frágeis de areia e que pessoas baixas tendem a fortalecer irmandades que já eram indestrutíveis - mesmo com intenção oposta. Entendi que eu já não sei ser só, mas eu não preciso aprender... Minhas mãos nunca mais estarão sozinhas novamente...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Terça-feira, 08 de junho de 2010.

E quiseram me fazer deslizar nos meus antigos passos falsos, mas hoje meus pés estão seguros e eu não escorregaria por impulsos ou histórias passadas. Eu não me sinto desprotegida, mas não confio em nenhum dos territórios que eu andei ou que vou andar, eles me parecem escorregadios, traiçoeiros e já faz um tempo que eu desisti de correr riscos. Meus olhos parecem perdidos, mas não estão. Eles captam cada movimento, cada investida inútil de destruir elos fortes, eles focam o que vale a pena... o brilho e a segurança dos olhos de quem me faz bem. Segredos meus sendo jogados ao vento não me fariam bem de qualquer modo, mas a versão baixa em que foram expostos me feriu, me fez sangrar ao relembrar fatos literalmente esquecidos. Meus valores nunca foram outros, eu respeito a união exclusiva entre duas pessoas, priorizo o amor mesmo que em sua versão mais frágil, mesmo que ele não exista de fato, só o pintem pra vê-lo presente. Não seria capaz de fazer nada pra destruir qualquer coisa do tipo, mesmo que inconsciente isso me envergonharia, como envergonha... mesmo na ausência de motivos concretos. O passado além de abstrato, é insignificante e não movem sequer uma palha do meu destino ironicamente brilhante. Há quem diga que aqui se faz, aqui se paga... Pois bem, meu castigo foi realizar cada um dos meus sonhos e ver meus ideais românticos serem reconstruídos de uma maneira mais forte e mais real, o seu ainda não veio, mas é bem provável que esteja bem distante de ser um colo ou um alguém pra acolher suas atitudes idiotas e inconseqüentes... Desista, meu mundo é verdadeiro demais pra ser prejudicado por sua falta de personalidade e mentiras desnecessárias... Eu tenho caráter – coisa que você nunca deve ter ouvido falar. Sou protegida pelos abraços e sentimentos sinceros que me devotam e ao contrário de você eu faço por merecer... Essa sua pose só vai durar até essa máscara cair de novo e é bom ficar atento, eu vou ajudar a cortar o barbante...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sexta-feira,04 de junho de 2010

Meus olhos arderam, a respiração ficou curta e os pensamentos esvaíram da minha cabeça na velocidade da luz, eu só desejava tê-lo em minhas mãos pra que eu pudesse fazê-lo sentir metade da dor que eu estava sentindo. Minha raiva se misturava a decepção e me fazia perder o censo lógico de tudo que estava ao meu redor, a culpa também martirizava. Eu não saberia separar ou distinguir tantos sentimentos – mas fiquei aliviada por possuí-los, ao contrário de você eu sinto e é de verdade, eles não se transformam em poeira quando as brisas leves atacam. Você enxergou falsidade nos olhos do meu exemplo vivo de amor, me magoou como ninguém no mundo tinha feito antes. Transformou meu corpo em um transmissor de raiva por longos minutos atrapalhando comemorações importantes. Me fez cair em pedaços por ver minha fortaleza nos meus braços clamando por justiça ou ao menos por um reconhecimento e não teve decência pra olhar nos olhos de qualquer uma de nós e dá uma explicação palpável, seus sonhos ou ilusões são exclusivas da sua personalidade mal-formada, não preenchem mais do que a sua vida vazia rodeada de amigos de momento e bebidas casuais. E eu deixei que as lágrimas banhassem um ombro amigo, por perceber que eu amei e confiei em alguém que nunca existiu, alguém formado por fragmentos de personalidades alheias, alguém que não se conhece e não sabe aonde os seus próprios passos o levarão. No fim da noite, seus elos estarão quebrados e o silêncio te deixará amedrontado, mas você não vai ter pra onde correr, foi idiota o suficiente pra virar as costas pra cada uma de suas fortalezas. Aproveite a companhia da solidão, ela é tão fria quanto cada um dos sentimentos que você ousou descrever, que você ousou dizer sentir – é provável que já tenha acostumado....

terça-feira, 1 de junho de 2010

Terça-feira, 01 de junho de 2010.

Agora o quarto estava vazio e os meus ouvidos não captavam seus gritos de socorro, meu coração não se curvou a suas necessidades e eu não tive vontade de levantar e ir ao seu encontro amenizar suas dores. Eu cansei dessa coisa unilateral que você titula com orgulho de amor, cansei de assistir as ciladas que você arma contra si, cansei dessa sua luta infantil contra seus próprios erros. Como você pôde fechar os olhos pra coisas tão óbvias? Como pôde descumprir promessas tão simples? Como pôde abandonar a única vertente sólida que a sua vida possuia? Eu me doei, desenhei a minha vida na palma de suas mãos ocupadas demais com coisas fúteis e me perdi pelas curvas do destino, você se tornou um fardo pesado demais, eu tive que te soltar em alguma dessas esquinas, quem sabe assim você caminhe sob as próprias pernas e conheça o ser que o espelho te reflete

Se a carapuça servir foi mesmo a intenção ;*

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sexta - feira, 28 de maio de 2010.

E eu vejo a ironia espalhada no caminho. Não faz sentido que eu seja essencial, não agora que meus olhos não reagem a sua ausência e suas palavras não possuem o mínimo significado. Quando o amor era meu guia, você atropelou meus passos, arrancou e jogou meus sonhos pelos ares, eles foram esquecidos até mesmo por mim... Agora que voltaram a existir, você reivindica uma posse inexistente. Todos os meus sonhos - até o mais idiota deles - te pertenciam, mas sua vida de faz de conta não possuía espaço suficiente pra abrigá-los e você simplesmente se desfez de cada um, tirando até de mim a oportunidade de conservá-los. Suas estratégias fracassadas de demonstrar arrependimento me divertiram, me provocaram e até me comoveram, mas foram inúteis... Não há nada palpável nessas suas declarações idiotas... um relacionamento amigável não é a porta pro retorno, é só mais uma das etapas de superação – coisa que você desconhece, essa sua mania chata de ficar pelo caminho te prejudica mais do que imagina. Nos meus jogos você não é mais decisivo, não passa de uma carta sem valor, um descarte promissor e irresistível, o passe perfeito pra um xeque mate. Eu não tenho culpa se hoje é você quem foge do contexto...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quinta-feira, 27 de maio de 2010

E a sobra dos meus sorrisos eu ainda encontro nas velhas fotografias marcadas por uma espontaneidade ausente impressa em preto e branco. As lembranças são muito vagas, parece que faz séculos que você não me aninha mais em seus braços, quando na verdade poucos meses me separam desses momentos tão surreais. Lembro de tentar me equilibrar em suas costas, sem saber que o mundo desabaria sobre as minhas mais tarde e que era eu – e não você, quem perderia o equilíbrio. Agora aquelas fotos me parecem só uma tulha de papéis inúteis ocupando espaço nas minhas gavetas, eu quis me habituar a você e preencher a minha vida com suas superstições estranhas, já você... não quis se habituar ao futuro e acabou por me deixar seguir sozinha. Eu tive medo do escuro e por muitas vezes me senti pequena demais para o mundo lá fora, eu quis gritar por você, mas o orgulho sufocou todas as minhas tentativas. Agora que eu encontrei um caminho que me parece sólido não vejo mais sentido em recordações, elas de nada me servem. Minha gaveta se encontra tão vazia quanto meus sonhos, aguardando por novas desilusões ou enfim por algo que valha a pena, só não esperam mais por você...

É, eu tou apaixonada *.*
Mas meu blog não vai virar uma monotonia de declarações, eu juro. [/ha

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Quarta-feira, 19 de maio de 2010.

Eu já não me preocupo em procurar maneiras eficientes de preencher o meu tempo, seu afeto ocupa todos os meus segundos de maneira irresistível. Hoje eu posso dizer que conheço muitas das vertentes do amor e não já não o culpo por nenhuma das lágrimas derramadas algum tempo atrás, me convenci que eu não tinha capacidade pra entendê-lo e por vezes o esqueci no bolso das minhas calças velhas e sendo assim não poderia exigir muito de uma coisa que em sua essência não é sólida,é construída dia após dia. Eu descobri um jeito novo de admirar o mundo, descobrir um jeito novo de me entregar, de admirar suas qualidades e maquiar os seus defeitos, descobri um jeito novo de me descobrir, de enfim não ter medo de ser transparente, descobri que ser feliz nunca é contradição e que os meus sorrisos jamais vão negar os dias em que chorei e que vi alguns sentimentos espatifados pelo caminho, o fato de não me acompanharem não anulam a sua existência... Hoje eu descobri um colorido diferente, pus limites nos meus limites e expandi as minhas fronteiras, hoje eu descobri que você de fato me fez muita falta e que eu o amo com todo meu jeito tosco e manias idiotas. Hoje eu descobri você de um jeito único e eu já não abro mão de tê-lo comigo, de poder descobrir tantas outras coisas mágicas como o colorido que você impôs aos meus dias monótonos e entediantes.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Segunda-feira, 17 de maio de 2010.

- Você é uma farsa.
Pronunciei essas palavras diante de um espelho em meio ao meu sorriso mais irônico. Meus olhos inexpressivos e meus traços cansados revelam uma apatia mórbida e ainda sim minha falsa simpatia engana meia dúzia de mortais que compartilham seus cotidianos banais comigo. Eu já não me assusto com minha falta de sentimentalismo, ela fora implantada de uma maneira eficaz, a prova de falhas. Perdi as contas de quantas noites infernais eu dividi com um travesseiro pouco confortável, desenhando em cada uma de minhas cobertas recordações suas... lembrando da sua voz ou de sua maneira única de me fazer sorrir. Até que um dia as lágrimas secaram, o coração endureceu e eu desaprendi a ser sensível, comoção está definitivamente excluída do meu vocabulário. Não preciso fingir segurança, essa é uma das poucas coisas que me é verdadeira, eu estou certa do que eu quero,ainda mais certa do que eu sinto e por isso que eu me considero uma farsa ambulante. Sabe aqueles textos auto-construtivos que eu posto afim de que você os leia? São os primeiros a maquiar o que meu coração teimoso realmente deseja... Minha personalidade sádica ainda me faz gritar silenciosamente por você no fim das noites e eu ainda sinto falta dos dias em que seus braços me envolveram me dando uma segurança única. Mas a quem isso importa, além de mim? Coloquei meus óculos escuros e me despedi da imagem distorcida do meu reflexo e de todas as meias verdades que eu escondo. Vesti a máscara e atravessei a porta, você precisa ver o muro de concreto que criou e pra minha sorte o mesmo só se desfaz no silencio da madrugada.

Eu achei o texto tosco, mas que posso eu fazer?
suhsushushs
Sorry amores ;*

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Segunda-feira, 11 de maio de 2010.

Eu era capaz de te ver sorrindo sarcasticamente com uma expressão satisfeita, eu poderia descrever cada reação que você esboçaria ao enxergar as lágrimas que a esta altura já me eram inevitáveis. Eu me via machucada por palavras amigas, mas a raiva que eu tinha desta sua imagem súbita me impedia de sofrer, minha única vontade era arrancar aquele sorriso idiota e fora de hora da sua boca de uma vez por todas e gritar tudo que a minha boa educação me impediu de te dizer. Você parece ser bom amigo da sorte, sair ileso ainda não foi suficiente, você tinha que acabar com o fio de felicidade que me restara, tinha que destruir o único elo que sua infantilidade ainda não tinha quebrado. Eu não vou deixar você vencer dessa vez, mesmo que essas estradas tortas tentem me juntar ao seu destino ou me arrastem com uma força brutal ao seu encontro, eu irei resistir como tenho feito até hoje. Você destruiu todas as minhas idealizações, quis mudar minha rota pra que eu desviasse do meu maior sonho e agora retirou o único apoio que me era essencial, é tão limitado que não reconheceria a felicidade mesmo que tropeçasse nela - como não reconheceu em tempos passados. Apesar de tudo, hoje eu tenho onde buscar forças e nem a minha antiga devoção cega ao seu estilo príncipe encantado me faria te entregar minha vida de bandeja mais uma vez ....Não me cobre o mesmo fim medíocre que o seu, eu tenho asas e boas companhias, não preciso rastejar só pra acompanhar seus passos ínfimos.

Viram como eu sou mal? o.O
Tava com saudades disso aqui =*

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Segunda-feira, 03 de maio de 2010.

Eu temi acordar com propósitos alterados, temi que a inconstância tão clichê pra os meus dias fosse a culpada por erros inadmissíveis outra vez. Mas isso não ocorreu, o sol que eu contemplei antes mesmo de pregar os olhos me fez levantar da cama com os mesmos sonhos em mente, com a mesma saudade, com todos os seus vestígios impregnando cada centímetro de mim e sem sombra de arrependimento pelo que foi dito. Há tempos eu vinha querendo deixar esse orgulho bobo e o medo da entrega de lado, mas me faltava a segurança que eu encontrei em seus olhos e em algumas atitudes inesperadas que você tomou. Eu não esperava derramar uma lágrima sequer como forma de assumir a dependência que eu já tinha escancarado pra você, mas eu derramei várias... eu vi o mundo parar e os meus ouvidos ficaram incapazes de detectar o barulho infernal que nos rodeava, eu não tinha vontade de sair dos seus braços. Nunca mais. Eu queria que você tomasse meu abraço como moradia... Eu quis manter um contato prolongado, o suficiente pra que seu cheiro impregnasse minha roupa e me deixasse algum vestígio concreto a ser somado com os tantos abstratos que não me deixam te esquecer por um mísero segundo. Eu me enchi de coragem e em pouco tempo devo ter dito o que você esperou escutar da minha boca por longos dias, talvez o adiamento do fato tenha sido o responsável pela sua apatia seguida por um atropelamento frenético de palavras, eu te conheço bem.. mas nunca te vi tentando dizer tanta coisa sem sentido ao mesmo tempo. Algumas coisas que eu não esperava ouvir de você, não no momento em que a gente estava, não na parte da história que a gente tinha atingido, mas eu não tinha porque culpá-lo, acho que nem eu acreditei nas palavras que eu praticamente obriguei minha boca a falar, não por falta de vontade, mas por falta de coragem e um vestígio bobo de orgulho. Não tenho porque pensar em futuro, o hoje me parece mais atraente, eu quero assistir os velhos filmes que estavam em nossos planos, cumpri muitas das minhas promessas e pagar antigas apostas, ser novamente o seu ideal de felicidade, escutar por muitas vezes a batida conjunta dos nossos corações, voltar a ser a mulher da sua vida. Agora sem limites, sem medo ou insegurança... o sentimento que nos une já mostrou ser suficiente.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quarta-feira, 28 de abril de 2010.

A cada dia eu fico mais convicta que alguma coisa forte te impede de dar passos concretos pra frente, você sempre recua, desvia pra caminhos obscuros ou segue o clichê de chegar tarde demais. Nunca faz o certo na hora adequada, é provável que você não saiba o que é certo e que não exista hora adequada pra seus feitos incompreensíveis. Eu desisti de ser sarcástica ou de jugar suas atitudes, cansei de usar a ironia pra descrever a falta que eu te faço, talvez eu nem me importe mais em saber se ela realmente existe. Eu me diverti ouvindo algumas justificativas ilustradas ou tentativas inúteis de explicar o que não tem explicação, eu ri com algumas de suas propostas, mas admito que não senti pena, raiva ou inseguraça.. eu não senti nada. É... nada, nem aquele amor construtivo se deu ao trabalho de marcar presença, ou ele está perdido em tanta confusão ou não suportou o flagelo e se foi, acho que percebeu minha indiferença. Eu não tenho medo de recaídas, eu só não quero deixar frestas abertas outra vez, constatar que nem a sua voz me disperta compaixão fechou o último espaço aberto. O dia foi tão idêntico que me deu uma leve impressão de ter voltado ao passado, mas dessa vez era eu quem ria e desprezava as justificativas... Eu entendo você e até o amo, mas não vejo mais nada sólido o suficiente pra me dispertar esperanças de futuro.


Não me perguntem de onde eu tirei isso... ¬¬

sábado, 24 de abril de 2010

Sábado, 24 de abril de 2010.

Eu não me interesso mais por seus mistérios e enigmas evidentes, talvez ainda queira resolvê-los com um objetivo único de provar que fui capaz. Você é dúbia, sua indecisão anda conjugada com a inconstância que toma conta até do seu último fio de cabelo e a torna insuportavelmente imprevisível. Eu não sei quando suas palavras são só declarações ou o prenúncio de mais uma despedida, eu não quero mais quebrar a cabeça com medo que você não esteja aqui quando o dia clarear. Sua personalidade é forte mas contraditória, tão leal, tão repulsiva a traições e derivados, mas vive traindo seus próprios sentimentos, vive se esquivando de confrontos com a verdade, sou capaz de apostar que você tem medo de se conhecer. Vive escrevendo textos pra alguém que eu não sei se existe e acho que temo que exista e apesar de se dizer preocupada com o que eu sinto, não demonstrou respeito por isso em nenhuma das vezes que escolheu ir embora... eu não entendo você, talvez não queira mais entender.
- Sua visão pode até fazer sentido, mas é vista por um ângulo inadequado, não o culpo, foi o único ângulo que eu deixei disponível pra você.

Ficção com realidade dá nisso ¬¬'

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quinta-feira, 22 de abril de 2010.

E eu não me esquivo da culpa, é bem verdade que eu deixei meus medos guiarem nossa história e não era esse o curso que eu tinha planejado. A verdade é que eu me despi das minhas ironias por você, ou melhor... você foi a única pessoa que conseguiu atravessar o paredão de sarcasmo que eu construo a minha volta e talvez tenha estranhado a minha falta de forças sem ele. Agora eu não tenho meu velho escudo e essa insegurança também tem te atingido. Eu não preciso preencher muitas linhas pra que pareça sincero o que eu trago comigo, palavras ditas vez ou outra fazem bem, mas eu sei que não preciso delas, meu olhar ou minha vontade de morar no seu abraço já me entregam o bastante. Sempre possui forças o suficiente pra lutar contra o que quer que fosse, mas minha fortaleza tava escondida por trás do seu sorriso ou de cada gesto em que você me fazia essencial, eu não estou pronta pra lutar sem você, eu não sei ser invisível aos seus olhos e se for o caso, avise-me com antecedência, não se vende costume ou conformidade em uma lojinha da esquina. Eu estava bem ao seu lado e você poderia ter o que confessou na madrugada que desejava tanto, mas ignorou e eu não tive acesso ao seu manual de instruções, ainda não consigo entender certas coisas. Eu não sei - e é provável que você também não – viver de explicações e planejar encontros com um propósito único de resolver alguma coisa. Faz falta sua companhia por mero prazer, sem conversas sofridas ou satisfações vãs. Talvez a essência de tudo tenha nos escapado sem que tenhamos percebido. A única certeza que eu tenho é do amor imenso que eu dedico a você, o resto não passa de manchas escuras, sem sentido, espero que ao menos tenha solução... Não me sinto a vontade pra exigir de você um tipo específico de amor, eu só quero que você me ame, isso já é tanto, pra mim já é tudo.

Eu briguei comigo mesmo pra poder poxtar esse texto ¬¬'

terça-feira, 20 de abril de 2010

Terça-feira, 20 de abril de 2010.

É fato que nada muda... os dias são todos monótonos e insuportavelmente idênticos, um telefonema diferente, um encontro de fato casual, todas essas coincidências do destino estão restritas as linhas gastas por minhas palavras mal elaboradas. O sofá já é minha moradia e o que me irrita é que mesmo diante desse tédio, meus pensamentos mais idiotas continuam sendo alimentados por alguma parte retardada do meu cérebro – não dá pra ser delicada nesse contexto, me desculpe. Eu ainda me divirto falando dos momentos raros e tão surreais que eu dividi com você, das inúmeras vezes em que você me calou com um beijo e me acalmou no seu abraço. Eu sinto falta do que não existiu, do amor que eu poderia ter cultivado em vez de tê-lo visto sendo arrancado de mim ainda na essência, ainda na raiz... Sinto falta de um companheirismo que nunca saiu dos meus sonhos e das suas promessas, de toda uma história escrita em algum papel perdido no espaço. Eu não perco mais nem um segundo dos meus preciosos sonhos e planos futuristas com suas manias e preconceitos, não vejo um espaço sequer pra seus limites tolos na minha vida e não quero procurá-los, é certo que a sua voz ainda me faria encontrar uma fresta por menor que fosse em algum lugar por aqui.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Terça - feira, 13 de abril de 2010.

Eu não preciso de mais lição nenhuma pra entender que o amor não se entende, que não pede licença, nem assina contrato nenhum pra ir embora num tempo determinado. Eu detesto o sarcasmo que ele usa pra me dá um alô de vez em quando, eu já tentei arrancá-lo, mas ele possui bons esconderijos e uma guarda bem eficiente. Não conseguir escolher ou controlar o que se sente e por quem se sente é normal, mas as minhas emoções são meio calculistas, elas se aproximam das pessoas erradas na hora supostamente correta, parece não lembrar o quanto já sofreu por alguns desses impulsos idiotas... Alguma coisa aqui dentro possui vontade própria e isso é fato, esse troço me aproximou de você com um pretexto ridículo de vingança e quando as oportunidades surgiram recuou como um cão amedrontado em busca de carinho. Isso pra mim é traição, me deixar na mão numa hora dessas é desumano... Mas era eu quem deveria controlá-las, não posso exigir muito. Eu posso não conseguir mover montanhas, mas posso evitar acontecimentos significativos, não quero ficar tão perto muito menos ouvir sua voz tão próxima ao meu ouvido, não quero mais abraços de saudades... eu prefiro ficar longe, isso já é castigo suficiente pra você e pra mim de certa forma... É eu também mereço, meus sonhos românticos continuam sendo sádicos.

Não leve em consideração o texto tosco, ele num tem nem pé, nem cabeça, muito menos sentido o.O

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Segunda-feira, 12 de abril de 2010.

Eu não vejo mais graça em textos manjados, ainda os escrevo mas não sinto a mínima vontade de postá-los. Cansei de mocinhas sofridas e abandonadas ou revoltadas e despreocupadas com o futuro. Não consigo mais transmitir emoção a histórias que eu não vivi ou que nunca presenceei sendo vividas, os textos ficam secos, vazios e isso definitivamente não combina comigo e com minha personalidade forte. Sempre defendi o meio termo mas nunca consegui alcançá-lo de fato, sou fã da intensidade e da adrenalina que ela trás, não consigo viver num ambiente ou numa situação morna... Ou se morre de amor ou de tédio, não dá pra consciliar os dois e ainda que desse é certo que eu rejeitaria a oferta. Equilíbrio é bom, mas demais é chato. Não me faltam histórias, desabafos ou sentimentos reprimidos pra preencher as linhas do meu caderno ou as páginas do meu blog, o que me falta é coragem pra assumir certas coisas e vai ver é por isso que eu tenho uma quantidade gigante de textos estocados que dificilmente serão postados um dia. Eu não preciso expor ao mundo o que só interessa a uns ou outros, não preciso expor nem mesmo pra eles, eu sempre fui transparente, basta ler as expressões ou sinais que deixo no caminho. Perco tempo demais tentando entender o que esse coração idiota deseja e acabei por descobrir que perco ainda mais tempo tentando explicar tais desejos pros outros ou pra minhas folhas companheiras. Fala sério! eu não preciso de nada disso, não preciso justificar o que eu sinto, eu só sinto e isso basta. Não vou mais lamentar pelo que eu não deveria sentir, vou segui-los contra ou a favor da minha vontade até que um dia deixem de ser atraentes aos meus olhos. Nunca fui forte o suficiente pra me deter, nessa guerra cega contra mim eu nunca vou vencer, isso é fato. Então eu não resisto mais, não lamento mais... eu vivo, eu sinto e estou muito bem assim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quinta - feira, 08 de abril de 2010.

Eu já cansei de dá por encerrado o nosso caso. Você sempre me contraria com sua voz irritantemente doce, sempre me convence com seus truques baratos de sedução. Eu não consigo dispensar os bilhetes bregas com palavras apaixonadas, suas declarações repentinas, muito menos seus olhos olhares carregados de segundas inteções. Não consigo me desfazer do desejo, dos sonhos e de todas as idealizações que meu cérebro constrói em sua volta. Não consigo te dizer um único não, nem te convecer uma vez sequer com meus argumentos mal construídos. Não me interesso por novas sensações e nenhum outro sorriso me trouxe a mesma luz. Não enconto outros caminhos que não seja o seu e nem tenho meios pra negar essa dependência tola. O fato é que eu não preciso de um futuro, só preciso de você.

Eu também não gostei do texto, mas o ócio me faz escrever essas besteiras, vou fazer o que?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Terça-feira, 06 de abril de 2010.

Eu não me dei ao trabalho de abrir as cortinas esta manhã, alguns dos seus objetos pessoais ainda estavam espalhados pela casa e eu desviei deles como se não estivessem ali, suas roupas ocupavam um espaço considerável no meu armário e eu tive vontade de jogá-las pela janela mas me deparei com sua toalha em cima da cama e alguns dos seus escritos espalhados pelo chão do quarto, a caligrafia era impecável e as palavras as mais cultas possíveis, eu não consegui me identificar com nenhum dos seus textos amáveis e corretos, eles não descreviam nenhuma emoção por mais melancólicos que fossem, me perguntei se algum dia você chorou por alguém... Eu não quis cumprimentar nosso cachorro - agradeci por ele não ter latido hoje, não senti vontade de abrir a porta pra ver a rua como de costume e não tive coragem pra desligar o som que tocava o mesmo CD havia horas. Eu evitei as perguntas tolas que meu cérebro fazia, meu silêncio o fez desistir de buscar uma lógica plausível pra qualquer que fosse a situação. Agora eu estou de fato sozinha, sem você e suas reclamações idiotas sobre meu gosto ou meu jeito pessoal de organizar meus trabalhos, sem chão e também sem parte de mim, rabiscando a solidão nos seus velhos papéis, observando a lentidão de cada segundo que se passa sem uma ligação ou um pedido qualquer de desculpas, retirando da cama vazia a toalha, os sonhos e as recordações, dando aos papéis um lugar mais confortável do que a sua velha gaveta e um colorido que embora triste se faz mais eficiente do que o preto e branco das suas descrições...

Oi ficção, saudades de você (:

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Segunda - feira, 05 de abril de 2010.

E eu ainda tento resolver questões dúbias que me aparecem sempre que ouço seu nome ou penso nos dias em que você me era essencial. Eu fico feliz por não responder involuntariamente as suas tentativas inúteis de resgatar o que eu já não tenho mais em mim, ainda sim vez por outra te imagino nos meus braços e vejo duplicada a vontade de te proteger, impedir que qualquer mal atinja você e a todos que você ama, sem saber se estou inclusa nisso ou se um outro alguém de quem não tenho boas referencias ocupa tal lugar de destaque. Eu não me sinto mais vazia por não encontrar a verdade nos seus olhos ou nas suas palavras adequadas demais pro momento, mas alguns dias a nostalgia sussurra seu nome e me trás algumas velhas melodias pra memória... o amor que antes consumia todos os meus segundos, me abandonou e me deixou sem saber ao certo o que fazer com tanto tempo livre, algumas vezes eu nem hesito em procurar no arquivo excluso do meu cérebro alguma coisa sua que ainda me faça rir. Eu ainda tenho uma certa necessidade em te ver bem, embora você nunca tenha tido sequer algo parecido em relação a mim. E sim, eu ainda sinto meu corpo sorrir discretamente ao encarar as estrelas...

quarta-feira, 31 de março de 2010

Quarta-feira, 31 de março de 2010.

E se eu tivesse algum meio de escutar sua voz agora é certo que eu não iria pular da cama e me livrar das cobertas por achá-las sufocantes, eu já questionei a Deus, a você e até a mim mesma o porque de tantas idas e vindas, o porque de tantos abraços sofridos, tantas despedidas silenciosas ou explícitas, o porque de tanto medo e tanta dúvida. Eu não sei qual das suas milhares faces eu encontrarei quando o sol não me deixar mais dormir, se o seu sorriso inocente me envolverá junto com um abraço e me dará uma mão amiga ou se os seus braços me farão mais uma vez uma mulher - a sua mulher - completa, mas a claridade da lua que insiste em banhar minha janela me trás lembranças suas e o vento impregna seu perfume no ar já sobrecarregado e talvez por isso ainda seja você o rumo certo dos meus pensamentos, a pessoa que encontro quando fecho os meus olhos, o toque ritmado que me faz rir todas as madrugadas... E se o que o amanhã nos reserva não for o romance previsto que seja uma comédia com bom final, críticas são muitas...mas venhamos e convenhamos todas bem superadas. Eu não preciso da certeza de um futuro, de uma aliança e um compromisso eterno. Eu preciso ter certeza de você, da sua felicidade e da sua companhia. Eu preciso te ver livre embora insista em te manter aqui, quero te ver feliz e tendo a sorte de um amor tranquilo e se eu não fui ou não sou capaz de trazê-lo até você, quero ao menos te acompanhar nessa busca... Não vá embora, não fique aqui... Não sofra nem mais um segundo por decisões que nunca estiveram em suas mãos, talvez nem mesmo nas minhas...


Essa trava imbecil quase me impede de publicar esse texto ¬¬' [/alguém entende o que eu tou falando.

terça-feira, 16 de março de 2010

Terça-feira, 16 de março de 2010.


Eu te dei uma importância elevada, reconheço. Mas nunca fiz da palma da sua mão a minha moradia, não pense que tem algum controle sobre mim, eu não permitiria isso nem mesmo pra você. É impressionante como tem as palavras certas, como sabe aumentar ou diminuir o compasso do meu coração a hora que deseja, mas tenho autonomia sobre meus impulsos, você não faz parte da minha vida - não mais -então não tente mudar novamente o rumo dela, ela segue seu próprio curso sem suas intervenções idiotas. O seu romantismo manjado tem me causado repulsa, seu cinismo não me deixa enxergar meu horizonte por mais que esteja próximo e enquanto tenta me iludir com palavras novas, aquele adeus dito a meses atrás parece gritar a ponto de me deixar totalmente surda. Eu não pedi pra seguir outros caminhos, eu fui forçada a isso. Não queira mudar minha direção de novo, meu radar não se encontra mais nos seus olhos, muito menos nas suas frases inconvenientes. As vezes esbarro no medo, ele me envolve e me trás a insegurança, tenta roubar minha autonomia e sem sucesso vai embora. Meu coração ainda reage a muitas das suas palavras e eu luto contra cada uma delas, eu tento te excluir do meu contexto sem satisfações prévias como você fez um dia. Mas as reticências são bem mais atraentes do que um ponto solitário. Não me iluda mais, você não precisa disso, não precisa de mim.... Não me faça derramar lágrimas inúteis, siga sua vida e abrace a felicidade próxima, eu não quero mais existir nos seus sonhos, talvez nem mesmo na sua memória.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Quarta-feira, 10 de março de 2010.

Sei lá o que eu espero que aconteça, quem sabe que eu trombe com olhos verdes conhecidos pela rua, ou receba ao menos um oi amigo sem segundas intenções ou interesses baratos. A gente clama tanto pela felicidade e as vezes a ignora, ela também é monótona. Eu nunca estive tão bem e os meus passos nunca foram mais firmes, mas vez por outra o tédio me domina e eu tenho vontade de lembrar do passado – só por lembrar ... O acaso nunca foi mesmo meu amigo e vê-lo a frente da minha vida me desagrada. A liberdade excessiva amedronta, eu gosto de saber o que vai acontecer daqui a alguns minutos... Eu odeio essa minha mania de fantasiar realidades paralelas, a minha está tão conveniente pra que inventar outras? Dessa vez eu não vou recuar, o acaso só queria um abraço e eu o atendi – foi legal me sentir útil pra ele. Não vejo problemas nisso – não mais.