sexta-feira, 28 de maio de 2010

Sexta - feira, 28 de maio de 2010.

E eu vejo a ironia espalhada no caminho. Não faz sentido que eu seja essencial, não agora que meus olhos não reagem a sua ausência e suas palavras não possuem o mínimo significado. Quando o amor era meu guia, você atropelou meus passos, arrancou e jogou meus sonhos pelos ares, eles foram esquecidos até mesmo por mim... Agora que voltaram a existir, você reivindica uma posse inexistente. Todos os meus sonhos - até o mais idiota deles - te pertenciam, mas sua vida de faz de conta não possuía espaço suficiente pra abrigá-los e você simplesmente se desfez de cada um, tirando até de mim a oportunidade de conservá-los. Suas estratégias fracassadas de demonstrar arrependimento me divertiram, me provocaram e até me comoveram, mas foram inúteis... Não há nada palpável nessas suas declarações idiotas... um relacionamento amigável não é a porta pro retorno, é só mais uma das etapas de superação – coisa que você desconhece, essa sua mania chata de ficar pelo caminho te prejudica mais do que imagina. Nos meus jogos você não é mais decisivo, não passa de uma carta sem valor, um descarte promissor e irresistível, o passe perfeito pra um xeque mate. Eu não tenho culpa se hoje é você quem foge do contexto...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Quinta-feira, 27 de maio de 2010

E a sobra dos meus sorrisos eu ainda encontro nas velhas fotografias marcadas por uma espontaneidade ausente impressa em preto e branco. As lembranças são muito vagas, parece que faz séculos que você não me aninha mais em seus braços, quando na verdade poucos meses me separam desses momentos tão surreais. Lembro de tentar me equilibrar em suas costas, sem saber que o mundo desabaria sobre as minhas mais tarde e que era eu – e não você, quem perderia o equilíbrio. Agora aquelas fotos me parecem só uma tulha de papéis inúteis ocupando espaço nas minhas gavetas, eu quis me habituar a você e preencher a minha vida com suas superstições estranhas, já você... não quis se habituar ao futuro e acabou por me deixar seguir sozinha. Eu tive medo do escuro e por muitas vezes me senti pequena demais para o mundo lá fora, eu quis gritar por você, mas o orgulho sufocou todas as minhas tentativas. Agora que eu encontrei um caminho que me parece sólido não vejo mais sentido em recordações, elas de nada me servem. Minha gaveta se encontra tão vazia quanto meus sonhos, aguardando por novas desilusões ou enfim por algo que valha a pena, só não esperam mais por você...

É, eu tou apaixonada *.*
Mas meu blog não vai virar uma monotonia de declarações, eu juro. [/ha

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Quarta-feira, 19 de maio de 2010.

Eu já não me preocupo em procurar maneiras eficientes de preencher o meu tempo, seu afeto ocupa todos os meus segundos de maneira irresistível. Hoje eu posso dizer que conheço muitas das vertentes do amor e não já não o culpo por nenhuma das lágrimas derramadas algum tempo atrás, me convenci que eu não tinha capacidade pra entendê-lo e por vezes o esqueci no bolso das minhas calças velhas e sendo assim não poderia exigir muito de uma coisa que em sua essência não é sólida,é construída dia após dia. Eu descobri um jeito novo de admirar o mundo, descobrir um jeito novo de me entregar, de admirar suas qualidades e maquiar os seus defeitos, descobri um jeito novo de me descobrir, de enfim não ter medo de ser transparente, descobri que ser feliz nunca é contradição e que os meus sorrisos jamais vão negar os dias em que chorei e que vi alguns sentimentos espatifados pelo caminho, o fato de não me acompanharem não anulam a sua existência... Hoje eu descobri um colorido diferente, pus limites nos meus limites e expandi as minhas fronteiras, hoje eu descobri que você de fato me fez muita falta e que eu o amo com todo meu jeito tosco e manias idiotas. Hoje eu descobri você de um jeito único e eu já não abro mão de tê-lo comigo, de poder descobrir tantas outras coisas mágicas como o colorido que você impôs aos meus dias monótonos e entediantes.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Segunda-feira, 17 de maio de 2010.

- Você é uma farsa.
Pronunciei essas palavras diante de um espelho em meio ao meu sorriso mais irônico. Meus olhos inexpressivos e meus traços cansados revelam uma apatia mórbida e ainda sim minha falsa simpatia engana meia dúzia de mortais que compartilham seus cotidianos banais comigo. Eu já não me assusto com minha falta de sentimentalismo, ela fora implantada de uma maneira eficaz, a prova de falhas. Perdi as contas de quantas noites infernais eu dividi com um travesseiro pouco confortável, desenhando em cada uma de minhas cobertas recordações suas... lembrando da sua voz ou de sua maneira única de me fazer sorrir. Até que um dia as lágrimas secaram, o coração endureceu e eu desaprendi a ser sensível, comoção está definitivamente excluída do meu vocabulário. Não preciso fingir segurança, essa é uma das poucas coisas que me é verdadeira, eu estou certa do que eu quero,ainda mais certa do que eu sinto e por isso que eu me considero uma farsa ambulante. Sabe aqueles textos auto-construtivos que eu posto afim de que você os leia? São os primeiros a maquiar o que meu coração teimoso realmente deseja... Minha personalidade sádica ainda me faz gritar silenciosamente por você no fim das noites e eu ainda sinto falta dos dias em que seus braços me envolveram me dando uma segurança única. Mas a quem isso importa, além de mim? Coloquei meus óculos escuros e me despedi da imagem distorcida do meu reflexo e de todas as meias verdades que eu escondo. Vesti a máscara e atravessei a porta, você precisa ver o muro de concreto que criou e pra minha sorte o mesmo só se desfaz no silencio da madrugada.

Eu achei o texto tosco, mas que posso eu fazer?
suhsushushs
Sorry amores ;*

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Segunda-feira, 11 de maio de 2010.

Eu era capaz de te ver sorrindo sarcasticamente com uma expressão satisfeita, eu poderia descrever cada reação que você esboçaria ao enxergar as lágrimas que a esta altura já me eram inevitáveis. Eu me via machucada por palavras amigas, mas a raiva que eu tinha desta sua imagem súbita me impedia de sofrer, minha única vontade era arrancar aquele sorriso idiota e fora de hora da sua boca de uma vez por todas e gritar tudo que a minha boa educação me impediu de te dizer. Você parece ser bom amigo da sorte, sair ileso ainda não foi suficiente, você tinha que acabar com o fio de felicidade que me restara, tinha que destruir o único elo que sua infantilidade ainda não tinha quebrado. Eu não vou deixar você vencer dessa vez, mesmo que essas estradas tortas tentem me juntar ao seu destino ou me arrastem com uma força brutal ao seu encontro, eu irei resistir como tenho feito até hoje. Você destruiu todas as minhas idealizações, quis mudar minha rota pra que eu desviasse do meu maior sonho e agora retirou o único apoio que me era essencial, é tão limitado que não reconheceria a felicidade mesmo que tropeçasse nela - como não reconheceu em tempos passados. Apesar de tudo, hoje eu tenho onde buscar forças e nem a minha antiga devoção cega ao seu estilo príncipe encantado me faria te entregar minha vida de bandeja mais uma vez ....Não me cobre o mesmo fim medíocre que o seu, eu tenho asas e boas companhias, não preciso rastejar só pra acompanhar seus passos ínfimos.

Viram como eu sou mal? o.O
Tava com saudades disso aqui =*

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Segunda-feira, 03 de maio de 2010.

Eu temi acordar com propósitos alterados, temi que a inconstância tão clichê pra os meus dias fosse a culpada por erros inadmissíveis outra vez. Mas isso não ocorreu, o sol que eu contemplei antes mesmo de pregar os olhos me fez levantar da cama com os mesmos sonhos em mente, com a mesma saudade, com todos os seus vestígios impregnando cada centímetro de mim e sem sombra de arrependimento pelo que foi dito. Há tempos eu vinha querendo deixar esse orgulho bobo e o medo da entrega de lado, mas me faltava a segurança que eu encontrei em seus olhos e em algumas atitudes inesperadas que você tomou. Eu não esperava derramar uma lágrima sequer como forma de assumir a dependência que eu já tinha escancarado pra você, mas eu derramei várias... eu vi o mundo parar e os meus ouvidos ficaram incapazes de detectar o barulho infernal que nos rodeava, eu não tinha vontade de sair dos seus braços. Nunca mais. Eu queria que você tomasse meu abraço como moradia... Eu quis manter um contato prolongado, o suficiente pra que seu cheiro impregnasse minha roupa e me deixasse algum vestígio concreto a ser somado com os tantos abstratos que não me deixam te esquecer por um mísero segundo. Eu me enchi de coragem e em pouco tempo devo ter dito o que você esperou escutar da minha boca por longos dias, talvez o adiamento do fato tenha sido o responsável pela sua apatia seguida por um atropelamento frenético de palavras, eu te conheço bem.. mas nunca te vi tentando dizer tanta coisa sem sentido ao mesmo tempo. Algumas coisas que eu não esperava ouvir de você, não no momento em que a gente estava, não na parte da história que a gente tinha atingido, mas eu não tinha porque culpá-lo, acho que nem eu acreditei nas palavras que eu praticamente obriguei minha boca a falar, não por falta de vontade, mas por falta de coragem e um vestígio bobo de orgulho. Não tenho porque pensar em futuro, o hoje me parece mais atraente, eu quero assistir os velhos filmes que estavam em nossos planos, cumpri muitas das minhas promessas e pagar antigas apostas, ser novamente o seu ideal de felicidade, escutar por muitas vezes a batida conjunta dos nossos corações, voltar a ser a mulher da sua vida. Agora sem limites, sem medo ou insegurança... o sentimento que nos une já mostrou ser suficiente.