sábado, 27 de novembro de 2010

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Não, esta não é, nem pode ser a última vez que os meus dedos sentem a textura de suas mão ou que seu perfume incorpora a minha pele como se já fizesse parte dela. Você está fazendo errado, não fite a indiferença, deixe que eu ponha de volta o brilho dos seus olhos... Não vá embora, confessa no meu ouvido que quer ficar. Desliza a mão sobre os meus cabelos como de costume, não estrangule o meu sorriso, sorria... me encare, me ame. Não desista de mim, não esqueça dos filmes ou da presilha vermelha que eu usava quando você tropeçou no meu caminho. Não se sinta só, eu também tenho medo. Não chore, enxugue minhas lágrimas. Não vá ainda, eu preciso respirar. Não me deixe aqui, não se cale – se embale no meu afeto, se acomode no meu amor. Não me solta, me abraça, me envolve. Não bata a porta, permita-se ser amado, não apague a luz... eu me sinto insegura no escuro. Não me esquece...

Atenção, se alguém encontrar o sentido ou a lógica do texto, favor devolvê-la
;*

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

(...)

E o cheiro dos meus cabelos nem parece o mesmo quando não estão espalhados pela sua pele, o desenho do meu corpo se desfaz quando não acompanhados pelo seu toque leve, minhas músicas somem por entre as notas do seu violão. Não, não é como se faltasse algo, é como se faltasse tudo, aliás... me falta tudo. Eu adorava respirar entre um sorriso e outro, adorava seu olhar desconfiado de quem pede mais e seus suspiros de quem já está entregue. O som das ondas me é estranho, nem me lembram os milhares de castelos de areia destruídos naquelas tardes quentes de verão, em que você reclamava das poucas roupas que eu usava e me dizia com ciúmes que eu era só sua - e eu era, aliás... eu sou. Continuo colando os recortes das nossas velhas fotos, em cima do mesmo sofá em que passamos várias noites vendo filmes idiotas e apostando qual de nós dormiria primeiro. Lembro dos desfiles de moda que eu fazia com as suas blusas e do quanto você ria quando alguma delas me engolia e de como você me pegava nos braços e como olhava pra mim e como me amava e de como era meu...

Inspiração nem tão bem aproveitada, mas tava com saudades daqui (:

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quinta-feira, 18 de novembro de 2010.

É escuro, é sórdido, é indescritível. O excesso que me destruiu, agora é ausente...
E cara, que falta ele me faz...

"O mundo está girando ao contrário e ninguém reparou" (8~
Sábio Nando Reis...

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Sexta-feira, 05 de novembro de 2010.

E sim, as palavras são falhas... Elas seguem o caminho do vento, dificilmente alguém as acompanha. É fácil assumir falsos sentimentos, ou declarar alguns que se acham verdadeiros. É fácil encurtar o pra sempre em duas sílabas e algumas poucas letras, difícil é cumprir a eternidade de promessas feitas, cada vírgula do que um dia já foi dito. Alguém já me disse que tudo que é dito trás conseqüências, que a palavra dita jamais retornará a boca...verdades inquestionáveis, mas as palavras também se perdem, se perdem do seu significado, do seu propósito, se perdem de nós. Quantas certezas foram jogadas no ralo da pia enquanto se chorava por um amor? Quantas declarações foram rasgadas e esquecidas diante de uma traição? Quantas promessas foram cumpridas e refeitas diante de um recomeço, de uma nova paixão? Quantas idiotices você já falou, tendo certeza que eram verdades e pior, absolutas? E as tantas e inúmeras vezes que você foi atingido pelo reflexo de suas próprias palavras? Talvez eu seja amante do silêncio, mas antes ele do que palavras alheias jogadas em momentos aleatórios, pra alguém que talvez não passe mais que algumas primaveras inúteis na minha vida. Eu já fiz promessas de fidelidade eterna - não me arrependo - mas as vezes eu duvido dessa tal de eternidade, ninguém chegou pra me dizer qual a cor que ela tem, o gosto, o som... às vezes eu acho que ninguém nunca a viu, talvez por não viver o suficiente, talvez por ter mudado o trajeto...Eu corro em sua direção e espero poder descrevê-la em linhas poucas e objetivas, feliz por tê-la visto, por tê-la encontro, por tê-la vivido. Feliz por cumprir as palavras que conscientemente eu lancei no ar, feliz por fazer feliz quem as escutou. Feliz por não ver virar pó o que parecia sincero em outros tons, em outros corpos....

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Quarta-feira, 03 de novembro de 2010.

E talvez eu tenha cansado de temer, de manter sempre os pés atrás da linha vermelha, de não consegui ou não querer avançar, eu cansei dessa entrega parcial que machuca tanto diante da recíproca. Eu quero mergulhar de uma vez nesse mar de promessas, nessa felicidade colorida que me bate a porta e me dá bom dia, no seu olhar sempre tão firme no futuro. Eu não quero pintar quadro realistas e esquecer de sonhar, de sonhar que o amanhã pode sim ter a quantidade de estrelas que eu quiser, o sol que eu desejo. Que você poderá acordar ao meu lado, me fazer um café da manhã desastrado e me fazer ainda mais feliz e que você vai sorrir e sempre iluminar o meu dia, assim como faz hoje... Eu cansei de determinar limites para o que eu sinto, para o que eu suporto, para as forças que eu tenho pra lutar por alguém que só me faz bem. Cansei de ser só eu. Agora eu quero ser um pouco mais de você, mais sorrisos e músicas na madrugada, mais companheirismo, mais vida. Agora eu quero ser sua – mais do que nunca. Sem medo, sem clichês, sem limites...


Minha inspiração é você. Ainda duvida?
545 dias (L)...


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Terça-feira, 02 de novembro de 2010.

E eu vivo mesmo aqui sentada, relendo antigas mensagens que você me mandava quando podia expressar seu amor sem culpa. Sentada naquele velho banco, esperando em vão que seja você a cruzar a esquina, ganhando a certeza que eu estarei de novo por aqui amanhã – isso me incomoda. Talvez essa certeza seja mais sua do que minha, é por isso que você sempre me deixa pra depois, sempre deixa o tempo passar como quem tem certeza que ele seria incapaz de tocar em um fio do cabelo do amor que eu sinto por você, como quem sabe que nada seria capaz de destruí-lo - senão eu mesma e nessa batalha eu não sou a maior guerreira. Eu me despi do orgulho pra te ter por mais uma noite, eu me despi de mim por você e não foi o suficiente – temo que esteja além das minhas mãos. Você vive me procurando em outros rostos, em outros perfumes, vive sonhando com nossos dias felizes, mas é incapaz de resgatar nossa felicidade que está desenhada na palma da sua mão – hoje eu sei o significado de indecisão. Vez por outra eu desenho no travesseiro rabiscos do futuro, e lá sempre te encontro, sempre desenho seu sorriso ou seu jeito tímido de dizer que me ama. Eu vivo em você, em cada passo do seu dia, em cada ligação não feita, em cada noite de arrependimento, nem você sabe como me tirar do caminho, como respirar um ar diferente – ou saiba e simplesmente não queira. Eu ainda estou aqui , vivendo pelo muito de você que vive em mim, não espere que outro dia amanheça, segura a minha mão, o destino se encarrega de todo resto...

Texto dedicado a Auane Beatriz =)
Amo você (L)