quarta-feira, 27 de abril de 2011
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sábado, 9 de abril de 2011
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E como de costume, você estava lá carregando de indiferença o ar já poluído pela fumaça dos seus cigarros. Eu e minha apatia discutindo sobre até quando você sobreviveria e se sobreviveria... Sua luta constante com seu ego tem deixado hematomas também em mim, mas te vejo bem mais debilitado, perdido em noites casuais e experiências físicas sem propósitos, mergulhado no êxtase da ilusão... Na teia confusa que se tornou o nosso relacionamento, eu me vejo desenrolar naturalmente, não te alcanço, não te sinto... Continuo vendo seus pés presos aos mesmos finos fios que hoje pesam mais que as maiores correntes. Temo não te enxergar amanhã, temo pela solidão que circundará teus sonhos e te impedirá de sentir o doce sabor da liberdade, temo pelo que será de você quando eu simplesmente não me importar... Penso se aqueles sorrisos serão suficientes pra nutrir suas carências demasiadas, ou se a fumaça do seu cigarro preencherá de maneira convincente o quarto que eu ainda ocupo. O quanto vazio ficará a cama? O quanto vazio ficará você?