quinta-feira, 24 de junho de 2010

Quinta-feira, 24 de junho de 2010.



Era mesmo uma tragédia televisiva – se tivessem dado ao fato o destaque merecido. O desespero estampado nos olhares apreensivos, a companhia constante do medo, a procura incansável por refúgio, não havia como fechar os olhos – ainda sim alguns sequer os abriram, não molharam os pés e não se preocuparam com aqueles que tinham os olhos molhados pelo desamparo... Corações literalmente se desfizeram, não foram capazes de absorver tanta tragédia real em tão pouco tempo, uma cidade resumida a destroços, casas, centro comerciais, sonhos... tudo sendo levado rio abaixo deixando na população uma sensação corrosiva de impotência. Por outro lado, a solidariedade contrastou a calamidade, alianças impossíveis sendo feitas ou renovadas, além da comoção visível a dor alheia... Estar vivo é uma dádiva e é de saúde – além da óbvia ajuda – que precisamos pra recomeçar. Vamos minha Palmares, pedir forças a Deus pra olhar pra frente.. porque o passado literalmente não existe mais!

"E mesmo quando a visão se turva e o coração só chora, mas na alma há certeza da vitória (8~~"

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sexta-feira, 18 de junho de 2010.

E eu virei mais uma noite tentando descobrir o objetivo real desse seu jogo idiota. Obter uma história diferente pra aumentar o ego não é concreto o suficiente. Eu ainda deveria está do seu lado, perdendo o ar de tanto rir, fazendo ceninha de ciúmes ou esperando por mais uma ligação, mas estou aqui, desenhando solidão entre as cobertas pra ver se o cansaço enfim me vence. Eu me sentia confortável estando acomodada na palma de suas mãos, mas não esperei que fosse - com tanta boa vontade - me deixar escapar entre seus dedos. Eu não estava pronta pra te ver dividindo segredos ou algumas de suas piadas sem graça com outras pessoas. Você prometeu está aqui pela manhã, lembra? Também disse que me pertencia, mas eu não te deixei ir embora e ainda sim você se foi, você e mais uma de suas promessas frágeis. Talvez eu seja mesmo a pessoa errada e não exista destino escrito em lugar nenhum pra nós. É provável que eu tenha sido só uma peça desse jogo sujo que você usa pra preencher um pouco do vazio que o silencio da noite te trás. Eu nunca quis ser a garota dos seus sonhos, eu quis ser a garota da sua vida – mas nela já não havia espaço.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Quarta-feira, 16 de junho de 2010.

E olhando pra trás nem parece que o caminho foi tão longo, meus pés não estão cansados , minha mente não trás seqüelas dos antigos martírios e meus olhos não trazem sequer vestígio de sofrimento. O coração tem marcas permanentes sim, mas são discretas e eu já nem as sinto. É estranho ler meus antigos escritos e me senti fora de contexto, alguns dos mais melancólicos até me assustam. Eu venci a ausência,a insegurança, venci meus próprios preconceitos. Eu superei decepções, ciladas absurdas contra mim e meus princípios e inacreditavelmente ainda carrego a mesma expressão ingênua de três anos atrás – só aconselho não se deixar levar por ela. Hoje eu caminho sob as minhas pernas, posso não ter uma auto-estima exemplar, mas eu sei do que sou capaz e não são opiniões ou achismos baratos que irão influenciar minha segurança. Não sinto falta nenhuma do que um dia considerei essencial, não sei mais viver sem coisas que tantas vezes deixei pra trás. Já gargalhei tendo no peito uma dor quase insuportável, já chorei quando quis morrer de rir, já fingir sentir alguma coisa só por está acostumada a senti-la. Já estive no chão, mas fingi está no alto pra fortalecer quem precisava ou pra não confirmar a vitória dos que assim desejaram. Eu já achei que sabia muito e alguém sempre me mostrou que eu não sei nada comparado ao tanto de coisas que tenho pra aprender... Eu ainda curto a idéia de ser uma mera aprendiz e talvez por isso eu esteja tão a frente desse mundo, tão isenta da hipocrisia e desses falsos moralismos. Eu posso voar , esses seres rastejantes dificilmente me alcançarão e caso aconteça... eu tenho quem me leve novamente as nuvens e me faça desfrutar do arco-íris...

sábado, 12 de junho de 2010

Sábado, 12 de junho de 2010.


Ela precisava de alguém que não a deixasse mais, alguém que acariciasse seus cabelos enquanto ela dorme. Ela precisava se sentir completa e não mais esperar por uma metade que talvez nunca venha. Ela precisava de sentimentos reais, de declarações palpáveis. Ela precisava esquecer da solidão e não sentir frio nas noites de inverno. Ela precisava de alguém que a abraçasse e fizesse o mundo girar devagar ou rápido demais. Ela precisava dos extremos, desisti de vez de meios-termos. Ela precisava não está mais entre aspas. Ela precisava de alguém que a ligasse nem que fosse pra escutá-la respirar, de alguém que fosse capaz de mudar seu humor em questão de segundos. Ela precisava ser entendida, precisava ter uma companhia sólida para as vezes que o mundo se torna repulsivo.Ela precisava não ser só. ELE sorriu.... e ela já não precisava de mais nada....

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Quarta-feira, 09 de junho de 2010.

E agora os meus dentes estão cerrados, da minha boca não sairá nenhuma insinuação ainda que insignificante sobre a minha vida, os dias realmente ensinam tudo pra nós... Aprendi que a ironia é a forma mais baixa de mesclar o medo e a falta de argumentos e que na ocasião nem irrita, nem convence - é inútil. Percebi que um empurrão pode não machucar, mas põe um fim em falsos moralismos e castelos frágeis de areia e que pessoas baixas tendem a fortalecer irmandades que já eram indestrutíveis - mesmo com intenção oposta. Entendi que eu já não sei ser só, mas eu não preciso aprender... Minhas mãos nunca mais estarão sozinhas novamente...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Terça-feira, 08 de junho de 2010.

E quiseram me fazer deslizar nos meus antigos passos falsos, mas hoje meus pés estão seguros e eu não escorregaria por impulsos ou histórias passadas. Eu não me sinto desprotegida, mas não confio em nenhum dos territórios que eu andei ou que vou andar, eles me parecem escorregadios, traiçoeiros e já faz um tempo que eu desisti de correr riscos. Meus olhos parecem perdidos, mas não estão. Eles captam cada movimento, cada investida inútil de destruir elos fortes, eles focam o que vale a pena... o brilho e a segurança dos olhos de quem me faz bem. Segredos meus sendo jogados ao vento não me fariam bem de qualquer modo, mas a versão baixa em que foram expostos me feriu, me fez sangrar ao relembrar fatos literalmente esquecidos. Meus valores nunca foram outros, eu respeito a união exclusiva entre duas pessoas, priorizo o amor mesmo que em sua versão mais frágil, mesmo que ele não exista de fato, só o pintem pra vê-lo presente. Não seria capaz de fazer nada pra destruir qualquer coisa do tipo, mesmo que inconsciente isso me envergonharia, como envergonha... mesmo na ausência de motivos concretos. O passado além de abstrato, é insignificante e não movem sequer uma palha do meu destino ironicamente brilhante. Há quem diga que aqui se faz, aqui se paga... Pois bem, meu castigo foi realizar cada um dos meus sonhos e ver meus ideais românticos serem reconstruídos de uma maneira mais forte e mais real, o seu ainda não veio, mas é bem provável que esteja bem distante de ser um colo ou um alguém pra acolher suas atitudes idiotas e inconseqüentes... Desista, meu mundo é verdadeiro demais pra ser prejudicado por sua falta de personalidade e mentiras desnecessárias... Eu tenho caráter – coisa que você nunca deve ter ouvido falar. Sou protegida pelos abraços e sentimentos sinceros que me devotam e ao contrário de você eu faço por merecer... Essa sua pose só vai durar até essa máscara cair de novo e é bom ficar atento, eu vou ajudar a cortar o barbante...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sexta-feira,04 de junho de 2010

Meus olhos arderam, a respiração ficou curta e os pensamentos esvaíram da minha cabeça na velocidade da luz, eu só desejava tê-lo em minhas mãos pra que eu pudesse fazê-lo sentir metade da dor que eu estava sentindo. Minha raiva se misturava a decepção e me fazia perder o censo lógico de tudo que estava ao meu redor, a culpa também martirizava. Eu não saberia separar ou distinguir tantos sentimentos – mas fiquei aliviada por possuí-los, ao contrário de você eu sinto e é de verdade, eles não se transformam em poeira quando as brisas leves atacam. Você enxergou falsidade nos olhos do meu exemplo vivo de amor, me magoou como ninguém no mundo tinha feito antes. Transformou meu corpo em um transmissor de raiva por longos minutos atrapalhando comemorações importantes. Me fez cair em pedaços por ver minha fortaleza nos meus braços clamando por justiça ou ao menos por um reconhecimento e não teve decência pra olhar nos olhos de qualquer uma de nós e dá uma explicação palpável, seus sonhos ou ilusões são exclusivas da sua personalidade mal-formada, não preenchem mais do que a sua vida vazia rodeada de amigos de momento e bebidas casuais. E eu deixei que as lágrimas banhassem um ombro amigo, por perceber que eu amei e confiei em alguém que nunca existiu, alguém formado por fragmentos de personalidades alheias, alguém que não se conhece e não sabe aonde os seus próprios passos o levarão. No fim da noite, seus elos estarão quebrados e o silêncio te deixará amedrontado, mas você não vai ter pra onde correr, foi idiota o suficiente pra virar as costas pra cada uma de suas fortalezas. Aproveite a companhia da solidão, ela é tão fria quanto cada um dos sentimentos que você ousou descrever, que você ousou dizer sentir – é provável que já tenha acostumado....

terça-feira, 1 de junho de 2010

Terça-feira, 01 de junho de 2010.

Agora o quarto estava vazio e os meus ouvidos não captavam seus gritos de socorro, meu coração não se curvou a suas necessidades e eu não tive vontade de levantar e ir ao seu encontro amenizar suas dores. Eu cansei dessa coisa unilateral que você titula com orgulho de amor, cansei de assistir as ciladas que você arma contra si, cansei dessa sua luta infantil contra seus próprios erros. Como você pôde fechar os olhos pra coisas tão óbvias? Como pôde descumprir promessas tão simples? Como pôde abandonar a única vertente sólida que a sua vida possuia? Eu me doei, desenhei a minha vida na palma de suas mãos ocupadas demais com coisas fúteis e me perdi pelas curvas do destino, você se tornou um fardo pesado demais, eu tive que te soltar em alguma dessas esquinas, quem sabe assim você caminhe sob as próprias pernas e conheça o ser que o espelho te reflete

Se a carapuça servir foi mesmo a intenção ;*