segunda-feira, 22 de agosto de 2011

http://karmas-e-dna.blogspot.com/

"Num diálogo insano com minha imaginação, ofereci-lhe parceria, um chá,uma cadeira e um codinome. Ela deitou no chão, virou um copo de wisky e se autobatizou Lisa Sophie. Mas ficou, é o que importa (...) " (Gessica Diniz)

- Sinto, vivo e faço. Não dou a mínima pros seus julgamentos. Mantenho um caso nem tão secreto com a liberdade, beijo diariamente a boca da loucura e nunca fui apresentada ao tal arrependimento. Sou solteira por tempo indeterminado. Conto com o amadorismo de uma medíocre escritora pra existir e me divirto com seus conflitos banais e incrivelmente reais. Na verdade, faço parte dela, uma parte oculta numa luta eterna por espaço. Às vezes eu ganho. Ela não sabe ou só não aceita... Teoricamente eu não existo. Teoricamente caro leitor, teoricamente... (Lisa Sophie)

- (...)E é por isso - e por nenhum outro motivo - que resolvi mesclar minhas palavras com alguma identidade louca que cisma ser parte de mim. Eu a materializo e ela me oculta entre suas loucuras ou meus conflitos, entre vírgulas ou pontos de exclamação. No fim, caro leitor, você nunca saberá de quem se trata, a menos que eu queira te contar... (Gessica Diniz)


É isso pessoas, entendam e acompanhem: http://karmas-e-dna.blogspot.com/



terça-feira, 5 de julho de 2011

Até logo...

É que antes eu gastava minhas raras horas vagas tentando ser criativa e até conseguia, mas ando sem vontade. Sem vontade de nada. Não estou em depressão, em profunda tristeza e não acho minha vida sem solução, eu não sou dessas e você, caso tenha gasto algum tempo da vida lendo alguma coisa aqui, sabe disso - pelo menos eu espero que saiba. Eu só cansei. Cansei das mesmas histórias, do mesmo roteiro, dos mesmos relatos solitários. Cansei das mesmas inspirações ou da falta delas. É hora de mudar, é necessário alguma mudança. Ando vazia, meio sem emoção e seria perfeito escrever e criar alguma coisa pra guardar no peito, mas não assim, não desse jeito. Vou abandonar este espaço, vou deixá-lo como uma mera lembrança de quase dois anos da minha vida, relatos fictícios que por vezes esconderam minhas dores, meus desejos. Relatos que muitas vezes foram sim, meramente fictícios e ainda sim confundiram meia dúzia de cabeças que cismavam em me encontrar em cada uma das minhas vírgulas mal posicionadas. Eu sentirei saudades desta fase, deste blog e destas cores e também da falta delas... Eu não vou parar de escrever, muito menos de compartilhar com vocês os meus escritos, eu vou voltar e rápido, num novo blog, talvez num novo desing, mas com certeza com o mesmo amadorismo. Poderia simplesmente divulgar o novo blog, mas eu devia uma satisfação a quem vem aqui, uma satisfação a este espaço que por vezes foi meu grito no maior dos meus silêncios...

Divulgarei o endereço aqui, provavelmente não vai demorar, espero vê voces também por lá!

quinta-feira, 23 de junho de 2011

.

Eu já tinha atravessado a linha do perigo, todas as convenções e barreiras impostas por mim vieram ao chão e eu? eu ria... Aquela música cassoava dos meus valores e me fazia entrar num balançar frenético que eu já não controlava. Você me olhava. Eu adorava aquilo. Você chegava perto, eu recuava. Você insistia, eu te doava um sorriso carregado de malícia que você conhecia bem. E no ritmo da música, você - como sempre fazia - me convenceu a ir além. Seus lábios eram doces, eram meus - ali, eram inteiramente meus. Minha pele ardia a cada toque, seu corpo colidia contra o meu num desejo violento. Eu te queria tanto quanto você me quis, tanto quanto você me quer. Agora nossas respirações eram o único ruído audível, as tantas palavras sussuradas por você ao meu ouvido se perdiam dentro de mim, eu era incapaz de seguir qualquer lógica, meu corpo só respondia a nós, a nada mais. Eu não deveria, aliás, nós não deveríamos. Era tarde pra pensar, a satisfação uniu-se ao cansaço e eu adormeci ali nos seus braços envoltos de ilusão. Será este mais um dos erros descritos no meu diario insano, transcrito com a vontade e os gemidos, com o arrependimento que eu não senti, com as palavras desconexas baseadas num sábado a noite, numas taças de vinho e no que você não deveria ser...



"Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só ♪"
(A inspiração pra essas palavras aleatórias acima - Digitais/ Isabela Taviani)

domingo, 29 de maio de 2011

Volta pra mim, volta pra você (...)

É que eu ainda vivia cuidando de você, por trás das cortinas, ajustando o foco da sua vida pra distante da minha, mas ainda sim, acertando cada detalhe, me assegurando que você estaria feliz. Eu não imaginei que fosse perder o controle, achei que fosse forte o suficiente pra quando fosse o momento deixar você como único responsável pela sua vida, mas eu simplesmente não consegui. Continuei acompanhando seus passos invisivelmente, vi todas as suas tentativas inúteis de me substituir, te vi gritar meu nome, te vi sangrar sobre minha ausência. Me mantive calada, mergulhada na minha dor, meu coração te respondia aos berros, minha boca se contraia com força pra impedir que alguma coisa se propagasse de maneira audível. Eu vi você sozinho, clamando por mim, pelos meus sorrisos, rezando pra que eu voltasse e dividisse com você o peso da sua vida, mas eu não podia...sempre pedi por você, mas já não fazia nada, foi você quem quis assim, eu sofri, matei uma grande parte de mim, não podia recolher os pedaços no caminho e voltar remendada pedindo pra que você quebrasse tudo de novo. Era imprudente. Aos poucos você ia se erguendo, cambaleava aqui, fazia menção de voltar, murmurava o quanto me queria por perto, mas a sua memória fraca se empenhava em cumprir seu papel, você já não falava meu nome, já não dormia agarrado ao travesseiro se martirizando por ter me deixado ir. Você sorria ocasionalmente e isso me assustava. Você estava me esquecendo e eu aqui, ainda dependente de você, quis me jogar pra dentro da sua vida, eu quis está presente, mas eu não tinha força, minto, eu não tinha espaço. Você se curou, voltou a ser o homem vazio sem conteúdo que eu havia conhecido e eu me dei conta da idiota que havia sido todo esse tempo, preocupada em te fazer me esquecer, mas sem me dá conta que eu me apaixonava pela sua dor, eu me sentia mais viva quando te via precisar de mim, eu precisava que você me precisasse. E nessa hora eu quis recolher o que havia quebrado, eu quis que você me ajudasse a juntar os fragmentos – mesmo que destruísse tudo de novo, quis te embriagar com meu perfume e te ver fascinado pela minha malicia. Eu quis ser sua, outra vez só sua. Mas não havia mais nada. Você havia se livrado não das minhas lembranças, mas do homem que eu amei. Toda aquela superficialidade não me convém, eu queria você e não uma casca insegura de homem pegador. Não foi você quem me deixou ir, eu quem fiz você se perder dentro de você, dentro de mim.
Hoje eu grito, hoje eu sinto. Volta pra mim, volta pra você...

Eu não sei de onde tá vindo inspiração, não mesmo...

sábado, 28 de maio de 2011

-

É madrugada, até o barulho do relógio me incomoda. Nem solidão me resta. Gastei todas as minhas reações com você e hoje é a minha apatia que reflete no espelho. Nessas noites vagas eu tento distrair-me colocando no papel o que os meus olhos vazios já não expressam, tentando dá vida a um coração petrificado pelo tempo. Me pergunto quão distante eu ainda posso ficar de mim, se é necessário ou só seguro, se eu vou sentir minha falta o quanto eu senti a sua. Tenho ciência que fugir não é liberdade, mas não vejo nenhum outro caminho. Não sei se as tatuagens que deixaram no meu coração são permanentes como as que eu mesma desenhei sob minha pele, também não sei se quero que sejam... Parte de mim gosta disso, se dói é porque existe, eu me sinto – ainda que pouco – susceptível e me sinto bem assim, é mais uma coisa que nos distancia.
-
São tantos os vestígios diluídos no meu sangue que eu já não sei quais são meus, quais são seus, se existe algum dos desconhecidos que eu beijei tentando encontrar ou fugir de você. Não sei em quem ou no que eu posso confiar, sou traída pelas minhas próprias vontades, pelas certezas incertas do meu olhar, não confio nem mesmo na droga do amor que ainda passeia livre pelo meu corpo.
-
Nas brigas travadas pelas minhas contradições, você sempre ganha, é sempre um toque seu, um charme seu, um beijo seu... É sempre você vencendo a mim, aos meus medos, ao meu egoísmo mal construído. É sempre você escondido entre as cobertas, pairando no silêncio da minha insônia, enraizado em alguma parte obscura do meu cérebro que eu nunca consigo alcançar. É sempre você sendo um pouco de mim, cobrindo até o último fio dos meus cabelos nostálgico por seus carinhos. É só você, só sua ausência, mais nada, nenhum sentimento, além da saudade, da falta, da necessidade. Eu te levo aqui, sem que você desconfie, enganando a mim e as minhas convenções inúteis, fingindo não saber, não sentir. Guardando cada palavra, cada confissão a sete chaves, a duas ou quem sabe, só a sua vontade...

Cada dia que passa minha vontade de me dedicar a isso aqui é mais intensa.
A estrutura pouco convencional é pra tentar dá sentido a isso ;D

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Parabéns, Guerreiros!

Grita coração coral, grita o que há tanto estava entalado na garganta, exibe com ainda mais orgulho a paixão que sempre dominou o estádio e contagiava e surpreendia o Brasil. Lota o Arruda que nunca ficou vazio, comemora... mais uma vez, depois de tanta luta, o Estado é NOSSO! Chora, desta vez de felicidade, desta vez de orgulho! O time subestimado hoje é favorito e mais que isso, É CAMPEÃO! É hegemonia no estado, é supremacia na cidade, é paixão cantada por milhares de torcedores! É prova de garra, fé e perseverança. Chora e mostra o que é amor, o que é torcer, o que é não abandonar as suas convicções por mais frágeis que elas estejam. Exaltem cada degrau que nos fez chegar ao pódio, a garra dos nossos guerreiros, a sabedoria do nosso comandante, o grito... o NOSSO GRITO! Empurramos a bola em direção ao gol junto com Gilberto, marcamos o adversário junto com Everton Sena, inativamos contra-ataques junto com Thiago Matias, fomos PAREDÕES junto com Tiago Cardoso. Aos nossos ‘ouros da casa'’, o nosso muito obrigado, aos nossos guerreiros , o nosso PARABÉNS! No dia 15/05 todo torcedor comemorava, o Arruda gritava... sim, o Arruda... Aquela imensidão de concreto parecia ganhar vida e se emocionar junto com a gente. De casa, eu pude sentir o seu orgulho, não mais palco de decepções, agora... Palco de orgulho, de virada, de vida.

Bem vindo de volta meu Tricolor do Arruda! Bem vindo de volta, MAIS QUERIDO!

"É Delírio, é raça, é amor... a bandeira tão querida, a bandeira TRICOLOR ♥♪"

Texto especialmente dedicado para @Bruninhotoic ;)

quarta-feira, 11 de maio de 2011

*

E ainda pulsa, no ritmo, no vento, no silêncio. Pulsa, dói, incomoda. Invade, choca, imobiliza. É a tua ausência, minha carência, a falta de ser quem se ama, de viver quem se deseja. É a minha alma incompleta, sua saudade oculta, nosso amor vagando sozinho. É o frio do meu corpo, a sua distância, o nosso arrependimento. É a minha apatia, os seus impulsos, nossa inércia. É o meu 'eu', a sua solidão e sina, os nossos caminhos - brilhantes, secos, opostos. É tudo que foi apagado e não esquecido, tudo que bate, tudo que fala, tudo que cansa. É algo que pulsa, não sou eu, não é você, é mais forte, mais vivo, mais capaz.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

-

E me veio uma breve lembrança do seu sorriso, daquelas que faz a gente rir disfarçadamente enquanto caminha... quando se compara o sentimento infantil e a saudade madura, pouca distinção se vê. Não me sinto sufocar, mas me sinto desejar um pouco daquilo outra vez... Eu não sei porque insisto em expor cada cicatriz como se a dor não fosse suficiente, como se o preço fosse justo. Mas ainda sim eu ri, sim... eu ri! Ri por lembrar do quão menina eu era nos seus braços, no quanto eu desejei ser mulher, do quanto prometi inutilmente não voltar e voltei, ou sequer fui... As minhas tentativas inúteis de me esconder dentro de mim, querendo ser só de você,da vontade denunciada no tom da sua voz e na timidez do meu sorriso... Eu lembrei, mas dessa vez só por lembrar, não me sinto precisar... Não me sinto corroer. O gosto da saudade já não amarga, transborda... cobre superfícies,mas é doce, hoje é doce e que continue assim... O vento movimenta minha vida, as crianças do parque ao lado preenchem meu silêncio, porque haveria eu de me importar com tua ausência? Logo agora que eu já não sofro, logo agora que eu já não quero! Hora de esquecer os meus sorrisos por lembrar dos teus, o ritmo continua, o balanço ainda é o mesmo, não se pode voltar atrás, ainda que seja doce, ainda que eu sorria...

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Guerreiros ♪

E esse grito uníssono que estremece as arquibancadas há muito estava reprimido. A bola invadiu a rede errada, parou nas mãos do goleiro ou foi incapaz de desviar da trave, abandonou o torcedor frustrado no estádio, mas ninguém se calou, ninguém desistiu... Gritamos sobrecarregados de tristeza, gritamos diante do silêncio do clube, contagiamos o Brasil! Fomos e somos exemplos de paixão, de coração e de torcida, lotamos o campo quando ninguém mais esperava, acreditamos ainda que desacreditados. Fomos guerreiros junto com o time, fomos coração, formos torcedores - torcedores de verdade! E hoje, mais do que nunca estamos contigo.
Avante meu Tricolor do Arruda, Avante Santa Cruz Futebol Clube


Sempre vou te amar, nunca vou te abandonar ♪ - Fanática assumida ;D

quarta-feira, 27 de abril de 2011

-

E é óbvio que esta taça guarda mais que uma diminuta dose de vinho, abriga noites casuais ou eternas, verdades de uma ou talvez duas vidas, na verdade não importa. O gosto é apurado, mais vivo que qualquer lembrança, mais forte que qualquer ausência... Seu nome sussurrado pela solidão se alastra e ecoa nas poucas janelas do meu quarto, enquanto algumas taças de vinho roubam minha consciência e me entregam a alguns dos meus melhores devaneios - lá eu me pertenço por inteira, tenho meu corpo como arma e você longe da mira - A partir daí, eu me vejo desperdiçar sorrisos desconexos, durante 'refrãos de um bolero' que eu já não consigo acompanhar, as palavras enrolam a língua, a bebida trava o coração... Pelo menos ali, durante as poucas horas sob efeito do álcool eu não amo você, não me importo com a sua falta de cuidado com a sua própria vida, nem me interesso pelos seus projetos inúteis que nunca passaram de rabiscos aleatórios, ali eu pertenço só a mim, a mim e a garrafa de vinho que acabara junto com a noite, deixando um sol ameno e um sentimento com mordaças frouxas... Eu ainda preciso sair de mim pra esquecer você!


"Refrãos de um bolero" - Referência a Engenheiros do Hawaii (:

sábado, 9 de abril de 2011

.

E como de costume, você estava lá carregando de indiferença o ar já poluído pela fumaça dos seus cigarros. Eu e minha apatia discutindo sobre até quando você sobreviveria e se sobreviveria... Sua luta constante com seu ego tem deixado hematomas também em mim, mas te vejo bem mais debilitado, perdido em noites casuais e experiências físicas sem propósitos, mergulhado no êxtase da ilusão... Na teia confusa que se tornou o nosso relacionamento, eu me vejo desenrolar naturalmente, não te alcanço, não te sinto... Continuo vendo seus pés presos aos mesmos finos fios que hoje pesam mais que as maiores correntes. Temo não te enxergar amanhã, temo pela solidão que circundará teus sonhos e te impedirá de sentir o doce sabor da liberdade, temo pelo que será de você quando eu simplesmente não me importar... Penso se aqueles sorrisos serão suficientes pra nutrir suas carências demasiadas, ou se a fumaça do seu cigarro preencherá de maneira convincente o quarto que eu ainda ocupo. O quanto vazio ficará a cama? O quanto vazio ficará você?

sábado, 26 de março de 2011

-

Vai, tenta a tua sorte na cidade grande, no tumulto e no desespero, se perdendo no meio da fumaça do desenvolvimento. Vai buscar teu sonho de menina, tua bata branca e os mistérios indecifráveis do corpo humano. Vai em busca da tua vida, dos teus próprios passos, mas não se esqueces de onde vieste. Vai e leva contigo a saudade e as lágrimas dos que te amam, os aprendizados de casa, as lembranças vivas do passado. Vai em busca dos plantões, da briga contra a morte, do doce de ver uma vida salva em suas mãos. Vai... mas volta. Teus pais te esperam na mesma casa com uma saudade maior que o seu abraço, com um orgulho maior do que as lágrimas, com um sorriso maior que a ausência... Teus amigos estão nas mesmas esquinas com ainda mais segredos de vida pra serem expostos, tuas irmãs precisam de ti, tua família torce por ti... Vai pro teu destino menina, mas volte sempre pros seus.

segunda-feira, 21 de março de 2011

-

Mais olha só você, um sorriso carregado de malícia, o jeito certo de mexer o cabelo, o desejo nos olhares que te encontram... Minha menina, eu fechei os olhos e te permiti se fazer assim tão linda. Não percebi que você já não corria pelas ruas com os pés descalços tocando a liberdade... Ah minha menina, que maldade do tempo que levou embora seus sonhos bobos, que fez sumir a ingenuidade das suas palavras, que te fez encará-lo e como vencedora, é portadora de uma sensualidade incomparável. Eu não te espero mais na janela menina, eu não mais me divirto com suas brincadeiras doces, eu já não te encontro... Mas como é traiçoeira essa vida, me pôs no teu caminho desde cedo e não me preparou para as mudanças tão visíveis, tão esplendorosas... Onda está sua voz desafinada, minha criança? Que ‘cantar de anjos’ é esse que você sussurra em meus ouvidos? Eu amo você menina e a vida sem o seu perfume eu já não me atrevo a viver. Deita aqui e deixa que eu me despeça de você, deixa eu te mostrar que a beleza dos seus 20 anos levou embora também a minha inocência... Pode ir agora minha menina, leve consigo meu carinho. A noite é nossa, é terna e infinita. Porque hoje dorme-se menina, acorda-se mulher e é essa a graça que a vida tem minha menina...


O que um balançar de cabelos não faz ;D
Bellynha, esse foi em uma aula de histologia viu? rs.

terça-feira, 1 de março de 2011

-

O mundo gira depressa demais, os ciclos se repetem, tão iguais, tão intensos. Pessoas choram por perdas, por horas inexatas, por sonhos lúdicos, por meros desencontros... E eu continuo aqui, enclausurada nas mesmas ilusões, debaixo das velhas cobertas, não penso, não vejo, não sinto nada além do pulsar forçado do meu coração. O quarto tão vazio quanto meus olhos, os segundos se arrastando sem fundamento, nem objetivo. É como fechar as cortinas pela manhã pra impedir que o sol entre e me impeça de continuar sonhando, me privo de sentir, assim eu posso continuar na ilusão dos nossos dias felizes. De você nada mais restou, do anel...só a marca do sol entre os dedos. Aqui, só ‘eu’ continuo sendo sua, respirando a pluralidade do nosso passado e abafada pela minha solidão.

Que saudade de sentir o que não me pertence *-*

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

'-'

E tanto tempo faz que eu não despendo meus minutos ociosos dando vida a papéis brancos, não que me falte inspiração – as vezes me falta coragem – mas inspiração, raramente. Me falta também cenas ou frases interessantes, acontecimentos... ora são fortes demais e me impedem de transcrevê-lo, ora são irrelevantes. Mas eu estive com saudades do pensar, do imaginar, do sentir o que não sinto, ou de fingir sentir o que eu realmente vivo. E cá pra nós, egoísmo meu, dizer que não há nada pra ser abordado, como não? Em um trajeto pelas ruas se vê tanto, se aprende tanto, mas o ritmo intenso, as buzinas, o movimento nos impede de olhar além do óbvio. Certo dia, a caminho de casa, me deparei com um casal de adolescentes, sentado numa praça, olhando um para o outro, tímidos, desconfiados – talvez até escondidos, mas felizes, dava pra sentir o bem que um fazia para o outro –pelo menos ali, naquele momento do jeito que estavam. Os olhares eram ingênuos, com um brilho inocente de quem ainda não chorou com a solidão, de quem ainda não dormiu pra apagar alguma dor que pulsava forte. As mãos atadas como quem espera um futuro a dois, embora jovens, mas acima de tudo sonhadores. Um sorriso de preencher os olhos, ambos não se cansavam de se mostrar feliz, de se fazer feliz. Talvez adolescentes não conheçam o amor, não sintam ainda o seu gosto, mas ao menos ali, parados na praça, eles eram uma prova viva de sentimento, de fidelidade, de um futuro. Eu sorri, aquilo me deu paz, como se pudessem satisfazer corações alheios, ou reparar os danos que a saudade trás ao meu. Bom vê-los, bom senti-los, bom transcrevê-los.

Não sei se isso foi um retornou ou um momento único de inspiração, em todo caso, estava com saudades ;)
@gesdiniz

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A última música...


"O amor é frágil e as vezes a gente se descuida dele, a gente vai levando e fazendo o que pode e fica torcendo pra que essa coisinha frágil sobreviva contra todos os infortúnios. O que nos falta é sabedoria pra entender que as pessoas erram, até mesmo - ou principalmente - as pessoas que a gente ama. É por isso que eu quero acordar todos os dias ao seu lado,
pra que o garoto que eu amo possa me ver cometer mais alguns erros.
.." (E.A ♥)


- Créditos: "Nicholas Sparks"

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

~

Onde está a sua insônia, a opacidade dos seus olhos? Cadê os lenços que viviam espalhados pelo chão do quarto, as músicas que parodiavam suas lágrimas? Onde está os soluços da madrugada? Quais ventos levaram as palavras tristes de saudade? onde, onde está sua solidão?
Eu ri... - Tá vendo ele? ELE levou tudo embora.

domingo, 9 de janeiro de 2011

E amanhã (...)

E se eu não te esquecer amanhã, ou depois de amanhã, eu vou lembrar mais de mim, eu vou gastar hora com os meus sorrisos e as minhas ambigüidades. Se um dia a sua ausência transbordar nos meus olhos, eu vou completá-la com a minha presença, com os meus perfumes e meus saltos. Eu vou ser minha, como nunca fui. E aí não haverá mais vazio. Não haverá mais sábados solitários, nem frio sem cobertor. Não haverá mais linhas manchadas por frustração, não haverá espera, não haverá metade de nada – eu serei inteira. Também não haverá mais “você”. Nem nas minhas folhas, nem no meu sorriso, muito menos em mim. Eu lutarei por mim, viverei por mim... e cedo ou tarde voltarei pra você e lembrarei com saudade e ironia deste desperdício de letras, papéis e inspiração...

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Bodas de porcelana.


E hoje os planos feitos há vinte anos atrás se mostram consolidados, maiores do que foram escritos, mais saborosos do que foram planejados, mais vivos do que sonharam. Há vinte anos eles não sabiam qual sabor teriam suas manhãs juntos, quais sorrisos existiriam e quais lágrimas escolheriam derramar. Mas sabiam que se amariam a cada sorriso arrependido e a cada saudade sentida. Que se amariam quando não houvesse nenhuma expectativa, quando todos os sonhos desmoronassem e parecessem inalcançáveis, se amariam a ponto de saber que ainda tinham um ao outro e que aquilo sim, era importante e acima de tudo eficaz. Sabiam que se amariam no primeiro choro dos filhos ao nascer, no primeiro passeio em família, na primeira palavra balbuciada pelos pequenos. Sabiam que se amariam no beijo de reencontro após o expediente, na discussão por falta ou excesso de sentimentalismo, nas desavenças e mágoas. Sabiam que amariam a rotina e tirariam dos pequenos gestos grande significado. Sabiam que se amariam quando recordassem juntos as declarações escritas em papéis singelos – hoje velhos, mas recheados com sentimentos infinitos e renovados. Sabiam que se amariam a cada encontro com Cristo, a cada renovação de fé. Sabiam que se amariam enquanto dormissem ou assistissem TV. Eles sabiam o necessário pra que todo resto fosse edificado, sabiam que acima de tudo amariam um ao outro e isso era o bastante, era muito, era tudo.

"Meus parabéns para o casal mais lindo do mundo, para o meu exemplo, minha base, minha vida"