quinta-feira, 22 de julho de 2010

Quinta-feira, 22 de julho de 2010.

Você não tem noção do quanto era difícil respirar sem você, de como meu sono era raro, do quanto sem sentido ficaram meus sonhos... Você seria incapaz de prever quantas noites eu virei jogada no sofá tentando encontrar algum motivo pra levantar no dia seguinte e arriscar um sorriso tímido, do quanto ser feliz contradizia todos os meus sentidos. Talvez não faça idéia do quanto eu dependia da sua voz ou dos seus suspiros impacientes, das tantas vezes que o orgulho tentou silenciar meus olhos que gritavam a todo segundo por você. Mas eu sou capaz de descrever tudo isso, é provável que eu deixe algumas lágrimas caírem e perca o fôlego vez ou outra, mas eu posso te mostrar as marcas e cicatrizes que me restaram, talvez você realmente sinta alguma coisa, embora isso me pareça impossível. Quem sabe seus olhos passem a enxergar seus erros idiotas e evite que você volte a cometê-los com outras mentes inocentes e idealistas. E caso você realmente possua algum desses sentimentos que descreve com tanta cordialidade, guarde-o nos bolsos pra alguém que os deseje, eles não me parecem mais tão coloridos... Se sentir o coração apertar, as mãos tremerem e ter a desagradável sensação de viver por nada não se assuste, elas vieram mais fortes ao meu encontro e hoje eu as escrevo sem muito esforço e sem martírios. É provável que passem despercebidas por você, ou que passem rápido demais como todo os seus impulsos... Hoje eu respiro perfeitamente e dispenso suas justificativas decoradas... Desculpe se neguei ajuda, desculpe se bati a porta, é que a minha casa já estava limpa....

Eu tou viva e bem. obrigada ;D

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Terça-feira, 13 de julho de 2010.

E eu o enxergo qualquer que seja o lugar que eu olhe – ainda que queira com todas as minhas forças ignorá-lo, ele está acomodado nas minhas cobertas, nas roupas entocadas no velho armário, contaminando as folhas brancas da estante. Esse amor que já não me é abstrato continua aqui, transformando cada uma das minhas melodias em notas soltas e sem harmonia, me fazendo trocar vida por lembranças vagas. Eu rasguei clichês idiotas de solidão me livrei de fotografias e falsas declarações, deixei que as flores murchassem sem me dá o trabalho de resgatar o cartão com um pedido decorado de desculpas. Ainda sim não escuto o canto dos pássaros ou sinto a brisa em meus cabelos, talvez tudo tenha realmente parado. As entrelinhas foram lidas, as ilusões desfeitas... Uma única verdade fez todo resto parecer mentira...

Eu não sei porque, mas gostei do texto... (:

terça-feira, 6 de julho de 2010

Segunda-feira, 05 de julho de 2010.

Eu não deveria está aqui de novo, manchando meus papéis ou perdendo mais tempo por sua causa. Sua ausência, a esta altura, já deveria passar despercebida... mas não passa e isso me trás um desconforto visível a qualquer olhar – até mesmo os indiferentes. É essa mesma ausência que me faz dormir decepcionada por sempre esperar alguma coisa de você. É idiota que uma história restrita a teses e possibilidades, antecedida sempre por um “se” faça falta, aliás... a verdade é que não há história... só hipóteses mal resolvidas que ainda me fazem desenhar as mesmas ilusões no travesseiro. Eu me sentia bem lhe sendo útil, mesmo que pra coisas banais ou pra escutar problemas alheios a minha vida ou a minha vontade, mas era você quem falava, era você quem estava aqui, era você quem confessava precisar de mim e de todos os meus sorrisos bobos. Agora não há mais nada, só um silêncio questionável e aquelas mesmas dúvidas, mesmo que eu já não me importe com as respostas, elas existem e eu não consigo simplesmente ignorá-las. Hoje, mais do que nunca, eu não deveria lembrar de você ou sentir sua falta – mas eu sinto, embora já não me incomode tanto. Eu não vou mais gastar uma vírgula sequer com vestígios seus ou com idealizações idiotas da menina romântica que eu fui um dia...O fato é que eu já consigo respirar normalmente e eu já me habituei – mesmo contrariada - a viver sem você...

Bom, não me culpem pelo texto... A culpa é do tédio.
Eu nem ia postá-lo, mas alguma coisa nele me agradou..
Sei lá, vai ver ele esteja bonitinho ;D

sábado, 3 de julho de 2010

Domingo, 04 de julho de 2010.

Talvez o problema não seja este ou qualquer outro, o fato é que você espera demais de mim, aliás... todo mundo espera demais de mim. Mas agora eu estou falando de você, dessa sua mania de me repreender por qualquer erro bobo e de morrer de orgulho simultaneamente, dessa sua mania de esperar de mim atitudes sempre maduras e condizentes com suas opiniões. É fato que sempre viveu por mim, que sempre me acompanhou pelas trajetórias mais malucas que a vida me impôs, também é fato que desconhece muitos dos caminhos que eu trilhei, do medo que se apossou de mim e da vontade desesperada de gritar por você que eu senti em algumas noites. Você não conhece um terço da minha história e ainda sim desvenda com facilidade meus sentimentos camuflados como se estivessem expostos em minha testa. Ainda sim, me repreende por me ver sendo adolescente e deixando de lado aquela mulher adulta que escuta e se preocupa com seus problemas como se pudesse fazer alguma coisa – ou melhor, rezando pra que um dia realmente possa. Eu só quero curtir essa fase tosca de hormônios a flor da pele, eu quero sair e beber se achar conveniente, eu quero dançar até meus pés reclamarem, eu quero fazer o que você fez sem se preocupar com provas ou com a responsabilidade de sempre ser melhor... Eu quero poder dormir tranqüila, sabendo que satisfiz as pessoas que eu amo, que eu os orgulho sendo eu mesma e que não preciso passar noites acordada tentando descobrir um jeito inexistente de agradar todo mundo. Eu quero sentir a liberdade em mim, me trancar no quarto e ouvir músicas altas sem ouvir críticas. Eu quero poder aproveitar a única fase da vida em que se permite ser irresponsável, ainda que com conseqüências. Eu não preciso dos seus julgamentos, eu preciso dos seus cuidados, do seu sorriso orgulhoso e do abraço protetor... Eu preciso do seu amor tão único. Preciso viver por você como viveu por mim até hoje e o farei, mesmo que alguns dias seus problemas ou a divergência de personalidades te ceguem e impossibilitem meu tão precioso reconhecimento.

"Pai, me perdoa essa insegurança que eu não sou mais aquela criança que um dia morrendo de medo, nos teus braços você fez segredo, nos teus passos você foi mais eu (8~~"
Eu poderia dizer isso a você, mas tal pai, tal filha...
eu tambem não consigo...


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Sábado, 03 de julho de 2010.

E aquela velha dependência toma conta dos meus papéis de novo, dessa vez de maneira saudável e com seu sorriso de garantia. As palavras jogadas de maneira desastrada descrevem um amor puro e uma reciprocidade totalmente novos aos meus olhos e que enchem minha vida normal de um colorido exagerado e viciante. Os rabiscos futuristas contém vestígios seus, principalmente da sua mania de me fazer rir com extrema facilidade. Eu não tenho os pés no chão, também não tenho a cabeça nas nuvens. Não há mais espaço pra fantasias - ainda que satisfatórias. É esse realismo que me trás a certeza necessária...

"Me dá tua mão e vem que o amor já separou o que é da gente (8~~"
425 dias com você (L)

Quarta-feira, 30 de junho de 2010.

E aquela estrela ainda deveria me trazer as mesmas recordações, por pelo menos mais um dia. Ela deveria está ofuscando todas as outras, ela deveria cegar meus sonhos mais uma vez e me fazer sorrir ao lembrar um pouco de você. Mas ela não possui mas o mesmo brilho, ela não preenche meus romantismos idealizados, nem aquece meu coração agora solitário. Ela não teve poder pra te manter aqui ou me fazer voltar, ela não iluminou a escuridão, nem amenizou minhas dores, ela não devolveu aos meus olhos qualquer espécie de vitalidade... Talvez ela tenha cansado de ser o único vestígio concreto de você e dos meus raros dias felizes ao seu lado. Confesso tê-la ignorado alguns dias, seu brilho parecia sórdido olhado só por mim, faltava sua admiração, faltava um pedaço seu... E quando a noite anuncia sua chegada inevitável, ela me sorri tímida, como quem pede desculpas por não ter cumprido as promessas fantasmas que você me fez. Eu retribuo e por fim peço que ela ilumine sua vida e cuide dos seus sentimentos surreais, tornando-os no mínimo meias verdades ou que dê a eles um pouco de sentido. Peço que ela não te deixe só e que afaste de você a solidão que me apavorou por longos dias, que ela faça o que eu não pude fazer por medo, por surtos seus, por amor próprio ou por ter que seguir em frente sem olhar pra trás uma única vez sequer... Eu ainda mando bons ventos ao seu encontro e ainda guardo sorrisos e abraços sinceros enrolados ao seu nome....