domingo, 31 de janeiro de 2010

sábado, 31 de janeiro de 2009

A saudade bate a porta, eu me recuso a abri-la, mas o que importa? As frestas são sempre acessíveis e eu que pensei que decepção fosse uma segurança eficiente. Naquela noite de chuva eu desejei com todas as minhas forças que você entrasse por aquela porta, que mudasse ou encerrasse de vez esse roteiro medíocre... Eu já tinha quebrado demais a cabeça tentando entender essa sua mania de ir e vir o tempo todo, parece querer testar todos as alternativas que o destino proporciona e acaba ficando cego pra idéia de que um desses caminhos podem não ter volta ou quem sabe seja um beco escuro e sem saída e é uma pena que nessa hora minha voz não seja mais capaz de te guiar ou te situar na realidade. Os sonhos são fundamentais,mas são só sonhos... O amanhecer é questão de tempo.

sábado, 30 de janeiro de 2010

sábado, 30 de janeiro de 2010


Há uns dias que eu penso na ingratidão que carregamos debaixo do braço, desprezamos as coisas mais simples que a vida oferece e quando ela dá uma pitada de complexidade fugimos amendrontados e a acusamos de ser injusta. O livro da fotografia roubada ao lado me fez mudar meu ângulo de visão, revisar algumas atititudes preconceituosas que mesmo inconsciente eu tinha e agradecer a todo instante a liberdade de andar, pular na grama e dançar como uma louca numa festa com os amigos. É incrível como em dois dias ele diminuiu consideravelmente a dimensão dos meus problemas, afinal eu posso levantar da cama, buscar forças no velho armário, vestir uma "pseudo" armadura e encontrar a solução, coisa que Marcelo - o autor - gostaria de ter feito depois de uma tetraplegia aos 20 anos de idade... Admiro o modo como ele fala do sol, de como sentiu falta até das buzinas stressantes de um trânsito intenso. Chorei junto com ele no natal e ano novo mais triste e solitário já descrito - e muito bem descrito - por alguém. Eu aprendi a admirar as cores, os sons e tudo que seja diferente e mais interessante do que o teto branco de uma UTI que foi sua única visão por meses. Aprender com experiências alheias é essencial e as minhas humildes palavras hoje são de admiração a este homem que me mostrou que o mundo lá fora é mais colorido e atraente do que se pensa.

Sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

E de repente minha mente repetia as suas palavras com aquela mesma voz mansa que me causava os mais loucos delírios :"Eu quero andar de mãos dadas com você", me assusta a rapidez com que essas recordações invadem meu mundo e fica quase impossível expulsá-las, me assusta ainda mais a confiança cega que depositei em tudo que saia da sua boca, em tudo que você era ou aparentava ser. É chato admitir que a saudade é uma visita constante que muitas vezes embriaga o meu ar e o torna irrespirável e que nessas horas eu fecho os olhos e lembro do seu sorriso tímido e literalmente iluminado que me trazia segurança e de certa forma ainda me acalma - ou ilude... O fato é que tendo você e todas aquelas horas típicas de um romance predestinado na memória fica difícil lembrar das lágrimas, da ausência da verdade e de todos os rótulos patéticos que você me deu. Eu não posso negar que nas noites de insônia penso em nós - até então só as cobertas sabiam disso - nas risadas inadequadas, nas declarações fora de hora, nas loucuras que não fazem mais sentido, o sono vem pra dá uma continuidade feliz e totalmente sem lógica para a historinha que a minha mente traçava. Era verdade, eu tinha aparecido na hora errada, tinha escorregado num momento impróprio, mas afinal, havia algo de certo nessa confusão? Você está livre pra construir aquela família linda que tanto falava e eu não serei mais a intrusa fora do contexto... Minha cama ainda carrega vestígios de dor e lágrimas que eu despejei durante dias e eu fico aliviada por ser esta a única recordação da solidão, daquela que me amedrontava e me obrigava a me esconder atrás de sorrisos falsos e aparentemente sem precendentes...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Quinta - feira, 28 de janeiro de 2010


Eu estou pondo expectativas de mais em um ano só e eu temo por isso, elas geralmente não são bem atendidas... a princípio isso tinha a ver com algumas pessoas – não quero usar o singular, apesar de ser mais adequado – que estariam por perto, que segurariam minha mão, agora tem a ver com o fato de ter aprendido mais uma vez a levantar de quedas bruscas, retomar o equilíbrio e seguir confiando nas minhas próprias pernas e nos lugares pra onde minha mente me levariam. Um ano que nem nasceu direito e já tem sobre as costas a “obrigação” de trazer conquistas e felicidade pra todo mundo, no meu caso ele está isento da responsabilidade,eu a assumo. O início conturbado me assustou, eu não sabia lidar com físico e emocional problemáticos, mas o crescimento e a maturidade adquiridos valeram pelos últimos dez anos de raros ensinamentos. Os meus objetivos ainda não foram alcançados mas eu nunca os senti tão perto, eles estão prontos esperando uma cartada final, o xeque mate e só eu tenho poder suficiente pra isso. Os três anos de luta parecem dez, o cansaço atinge até os meus mais doces sonhos, mas a força que vem de mim, o afeto que vem de vocês levanta ainda mais o meu astral, que ao menos nas últimas duas semanas parou de oscilar como antes, eu não me sinto mais a bordo de uma montanha russa... Eu não preciso de mais isso ou mais aquilo, as doses já tão bem reguladas e eu estou aprendendo a usá-las da maneira mais eficaz.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Terça - feira, 26 de janeiro de 2010

Conversas e brincadeiras bobas me faziam esquecer dos pontos de ortografia trocados em dias anteriores, seja lá o que signifiquem não há porque atrair meu interesse. Eu tinha novidades que não eram tão novas assim, já que tudo convergia para o mesmo lugar sempre, mas enfim o caminho tinha sofrido pequenos - porém relevantes - desvios. O barulho forte da chuva no telhado me lembrava quantos séculos que eu não parava na varanda ou na janela do meu quarto pra observar o mundo lá fora, quanto tempo eu não pensava qual lugar daquele vasto verde seria meu, só meu. Parte disso era culpa do altruísmo típico que se apossava de mim nas primaveras felizes, a outra parte era culpa minha mesmo que esquecia que as estações variam e que o inverno é sempre uma questão de tempo, é preciso reservar-se. O vento frio e o balançar da rede me transportavam pra um futuro promissor que dependia unicamente do meu esforço, você era enfim passado e a sua imagem já tinha se apagado do meu destino como um desenho de giz numa calçada molhada pela chuva. Vou seguindo com minha sombra e outros poucos acompanhantes,
eles me mostraram mais eficácia do que eu esperava....

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Segunda-feira, 25 de janeiro de 2010.

Suas pretensões eram um mistério, o que você queria afinal? Talvez medir o nível de raiva depositado num coração infantil - acredite não encontraria resultados. Há também a possibilidade de jogar fora a covardia e colocar um padrão lógico nessa história tosca, pena que a maneira escolhida não foi a mais madura, como tinha prometido a propaganda. Um minúsculo ponto era o suficiente pra inúmeras dúvidas e horas de insônia mergulhada em pensamentos inúteis e de certa forma sádicos. Não posso negar o que os meus olhos gritam, mas posso fazer o que
a razão sussura em meu ouvido.


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Domingo, 24 de janeiro de 2010

Se eu tivesse recebido mais que uma demonstração obrigatória de afeto talvez tivesse encontrado a persistência em alguma daquelas velhas gavetas, mas eu não tinha sequer estímulos pra não desistir dos sonhos conjuntos que possuíamos. As músicas me remetiam aquelas noites escondida e abrigada em seus braços, por isso que eu aposentei qualquer emissor de som que esteja ao meu alcance, recordá-las não me faria bem afinal. O fato é que embora satisfeita e realmente feliz com o modo que a vida corria, eu não posso negar as contribuições relevantes da saudade ao meu dia... Ainda rio pensando no seu jeito desastrado de andar, nos seus ciúmes bobos, ainda fecho os olhos pra enfim lembrar um pouco mais de você. Os meus passos inseguros não miram nada, o velho baú em que prometi te guardar é aberto raramente por minhas próprias mãos, vez por outra gosto de recordar como meu mundo parava de girar quando sentia as suas carícias no meu cabelo e como eu me divertia com seus elogios ou com as piadas sem graça sobre chapinha ou coisa do gênero. ainda não dá pra ignorar as lembranças, muito menos o ritmo descompassado que meu coração assume quando te vê, mesmo que do outro lado da rua. A sensação de vazio já não faz parte do meu dia, o toque de mistério dado pela incerteza só tirou o resto do pouco sentido que essa história fazia.Desconheço o motivo pra covardias e o que importa afinal é que

O passado não me bate mais a porta!

Bellynha amor, eu descumpri a promessa ¬¬'

=*

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Confissões

Um tempo só meu era uma alternativa tentadora, ficaria ainda mais se eu não fosse forçada por motivos físicos a aceitá-la. A nostalgia estava espalhada pelos cômodos da minha casa, nas minhas roupas ou até nas palavras que eu arriscava escrever vez por outra. Eu sentia falta do calor de algumas pessoas, de uma voz mansa o suficiente pra acalmar minha alma, perder meu tempo nem tão útil bisbilhotando a vida alheia, respondendo comentários e recados, atualizando blog e fotolog tabém me traziam saudades. Hoje, eu não entendo o motivo de tanta melancolia, a solução tava tão próxima e eu me recusava a percebê-la pela alta dose de culpa no meu organismo. O fato é que eu não estou onde eu queria está nos meus quase dezoito anos de idade, mas eu adquiri mais experiência do que imaginava e de certa forma mais que eu desejava, eu não queria crescer tão rápido, ser criança é bem mais fácil - coisa que eu não aproveitei por tempo suficiente. Mas reclamar, lamentar a sorte não vai me fazer encontrar um poço mágico que satisfaça meus desejos e façam meus problemas virarem pó - ou purpurina, pra dá uma dose a mais de alegria. Me entregar a sentimentos escuros também não faz parte do roteiro - se é que existe algum - a tristeza me assusta tão quanto o monstro horroroso que se escondia no armário quando eu era criança e pra falar a verdade eu sempre tive mais medo do que fica embaixo da cama e o comparo ao meu atual pavor a solidão. Não a solidão no sentido literal da palavra, porque sozinha eu sei que não ficarei nunca, tenho pessoas suficientemente fortes pra derrotar um exército inteiro que se arme contra meus sonhos, digo solidão como falta de uma pessoa específica, daquele alguém de quem você espera um telefonema, uma visita surpresa ou qualquer coisa que te tire da monotonia na qual você parou quando o viu dizer adeus... Eu tento aprender com a vida, seria mais fácil se eu tivesse algo pra ensinar a ela, talvez pudesse ajudá-la a derrubar as pessoas certas, as que realmente mereçam e não os sonhadores que lutam a cada dia por um lugar ao sol. Depois de alguns tropeços violentos, quedas gigantescas e hipérboles ainda maiores do que essas que eu usei, eu faço do meu universo uma batalha diária, evito invasões, cuido do que é meu e vivo um dia de cada vez, nada mais! Parece simples, mas não é tanto! A pessoa futurista que um dia eu admiti ser foi esquecida, deve está na memória de alguém que não teve tempo ou simplesmente não quis conhecer a pessoa devota ao hoje que eu me tornei. Os sonhos eu não extingui, mas procuro gastar meu precioso tempo agindo, em vez de permanecer deitada na minha cama ou sentada na cadeira da varanda com os olhos fechados - ou perdidos em algum lugar do espaço - imaginando como a vida seria colorida se as coisas acontecessem ao meu modo...
Também há a possibilidade de gastar meu tempo "tagarelando" aqui nesse blog, quase sozinha e com a certeza de que ninguém tem paciência pra ler esse batalhão de palavras juntas.

2010, tudo novo e as coisas aqui também tinha quem mudar, o que eu senti ou não no ano anterior não importa mais! Vamos sentir algo novo?
Há, beijos ;*