quarta-feira, 31 de março de 2010

Quarta-feira, 31 de março de 2010.

E se eu tivesse algum meio de escutar sua voz agora é certo que eu não iria pular da cama e me livrar das cobertas por achá-las sufocantes, eu já questionei a Deus, a você e até a mim mesma o porque de tantas idas e vindas, o porque de tantos abraços sofridos, tantas despedidas silenciosas ou explícitas, o porque de tanto medo e tanta dúvida. Eu não sei qual das suas milhares faces eu encontrarei quando o sol não me deixar mais dormir, se o seu sorriso inocente me envolverá junto com um abraço e me dará uma mão amiga ou se os seus braços me farão mais uma vez uma mulher - a sua mulher - completa, mas a claridade da lua que insiste em banhar minha janela me trás lembranças suas e o vento impregna seu perfume no ar já sobrecarregado e talvez por isso ainda seja você o rumo certo dos meus pensamentos, a pessoa que encontro quando fecho os meus olhos, o toque ritmado que me faz rir todas as madrugadas... E se o que o amanhã nos reserva não for o romance previsto que seja uma comédia com bom final, críticas são muitas...mas venhamos e convenhamos todas bem superadas. Eu não preciso da certeza de um futuro, de uma aliança e um compromisso eterno. Eu preciso ter certeza de você, da sua felicidade e da sua companhia. Eu preciso te ver livre embora insista em te manter aqui, quero te ver feliz e tendo a sorte de um amor tranquilo e se eu não fui ou não sou capaz de trazê-lo até você, quero ao menos te acompanhar nessa busca... Não vá embora, não fique aqui... Não sofra nem mais um segundo por decisões que nunca estiveram em suas mãos, talvez nem mesmo nas minhas...


Essa trava imbecil quase me impede de publicar esse texto ¬¬' [/alguém entende o que eu tou falando.

terça-feira, 16 de março de 2010

Terça-feira, 16 de março de 2010.


Eu te dei uma importância elevada, reconheço. Mas nunca fiz da palma da sua mão a minha moradia, não pense que tem algum controle sobre mim, eu não permitiria isso nem mesmo pra você. É impressionante como tem as palavras certas, como sabe aumentar ou diminuir o compasso do meu coração a hora que deseja, mas tenho autonomia sobre meus impulsos, você não faz parte da minha vida - não mais -então não tente mudar novamente o rumo dela, ela segue seu próprio curso sem suas intervenções idiotas. O seu romantismo manjado tem me causado repulsa, seu cinismo não me deixa enxergar meu horizonte por mais que esteja próximo e enquanto tenta me iludir com palavras novas, aquele adeus dito a meses atrás parece gritar a ponto de me deixar totalmente surda. Eu não pedi pra seguir outros caminhos, eu fui forçada a isso. Não queira mudar minha direção de novo, meu radar não se encontra mais nos seus olhos, muito menos nas suas frases inconvenientes. As vezes esbarro no medo, ele me envolve e me trás a insegurança, tenta roubar minha autonomia e sem sucesso vai embora. Meu coração ainda reage a muitas das suas palavras e eu luto contra cada uma delas, eu tento te excluir do meu contexto sem satisfações prévias como você fez um dia. Mas as reticências são bem mais atraentes do que um ponto solitário. Não me iluda mais, você não precisa disso, não precisa de mim.... Não me faça derramar lágrimas inúteis, siga sua vida e abrace a felicidade próxima, eu não quero mais existir nos seus sonhos, talvez nem mesmo na sua memória.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Quarta-feira, 10 de março de 2010.

Sei lá o que eu espero que aconteça, quem sabe que eu trombe com olhos verdes conhecidos pela rua, ou receba ao menos um oi amigo sem segundas intenções ou interesses baratos. A gente clama tanto pela felicidade e as vezes a ignora, ela também é monótona. Eu nunca estive tão bem e os meus passos nunca foram mais firmes, mas vez por outra o tédio me domina e eu tenho vontade de lembrar do passado – só por lembrar ... O acaso nunca foi mesmo meu amigo e vê-lo a frente da minha vida me desagrada. A liberdade excessiva amedronta, eu gosto de saber o que vai acontecer daqui a alguns minutos... Eu odeio essa minha mania de fantasiar realidades paralelas, a minha está tão conveniente pra que inventar outras? Dessa vez eu não vou recuar, o acaso só queria um abraço e eu o atendi – foi legal me sentir útil pra ele. Não vejo problemas nisso – não mais.

sábado, 6 de março de 2010

Sábado, 06 de março de 2010.

E eu me deixei envolver pelos seus sonhos abstratos, aliás a única coisa de concreta que existia em sua vida falava palavras sem nexo pela pouca idade – acho que nem eu fui concreta o suficiente. Eu me vi presa a convenções tolas, me vi rodeada pelas suas paredes sufocantes, manchei folhas brancas com a melancolia. E tudo por alguém que diz saber demais e não consegue entender a singularidade do amor, minha capacidade de ser irracional vez por outra me assusta. Eu escuto coisas inúteis o dia todo, mas logo a sua voz me viciou de maneira desconcertante, eu precisava dela pra me sentir leve – flutuar, na língua dos possíveis apaixonados. Eu quis me tornar dependente, é idiota... mas eu quis e depois não achei o caminho de volta, tropecei sucessivamente que algumas vezes não tive certeza se já tinha me reerguido ou se permanecia no chão receosa pela próxima provável queda. E hoje com um sorriso irônico eu sou capaz de jurar que perder você me fez bem, eu desconheço o insuperável e descobri que nem a sua voz idiota é inesquecível, outro alguém irá sussurrar no meu ouvido e provocar as mesmas reações – ou quem sabe até melhores. Eu não vou desviar meu caminho por timidez ou por medo de ativar sentimentos adormecidos e sim por não suportar mais a frieza do seu olhar e a falsidade das palavras que afirmam sentir saudades – eu não preciso disso, ao contrário, até me faz mal. A nostalgia que as vezes me despertava de sonhos bons se despediu recentemente de mim, ela queria ficar...mas o espaço tava pequeno demais pra nós duas. Ela saiu e eu vi a casa vazia novamente, só aí me dei conta que ela tinha te levado na singela mala que carregou nas mãos, eu sorri e gritei da janela:
- Obrigada, não poderia ter pago a hospedagem de melhor forma.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Sexta-feira, 05 de março de 2010

A ocupação de fato extingue minha criatividade ou a minha vontade de parar e despejar palavras numa folha qualquer, embora os problemas ou pensamentos insanos incomodem o dia todo eu não me permito largar o livro de biologia ou parar no meio de uma aula por mais monótona que seja pra despejá-los em algum lugar. Talvez eu tenha percebido a inutilidade da atitude, ou talvez não valha mais a pena sentir nada. É eu disse nada... ver seu ar sumir subitamente todas as noites não é divertido. A minha inconstância é minha amiga agora, ela me dá boa noite antes de dormir e até prometeu não me perturbar muito esses dias – eu teria coisas mais importantes pra fazer do que me preocupar com essas vontades loucas que não sossegam por um segundo.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Quarta-feira, 03 de março de 2010.

E eu só queria me convencer que sonhos são só sonhos e que a sua mão ainda estará aqui quando o dia amanhecer. O altruísmo que eu trago parece não ser suficiente e eu acredito que todas as palavras que eu usei pra convencê-lo que o queria bem, foram vãs ou sem importância. Se a situação resolvida é a única coisa que interessa, siga seu caminho... eu acompanharei de longe ou mais perto do que você imagina. Não posso te roubar os sorrisos que eu tanto amo, também não posso forçá-los a existir e se eles forem mais iluminados longe de mim, que seja... ainda serão deslumbrantes e meus olhos ainda o terão como um vício... E não se preocupe com uma presença indesejada, se esta for a sua vontade... as ironias que mesclam o meu medo, será capaz de mesclar a mim também.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Segunda-feira, 01 de março de 2010

Que tal uma historia de ação pra te salvar da monotonia do casamento e de arrependimentos vãos? Prometo adrenalina, mas não garanto satisfação... é que é a minha história, melhor... a nossa, visto por um ângulo real e nem um pouco impessoal, vou te dá a oportunidade de enxergar as coisas a minha óptica, enfim, vamos ao que interessa! Andei por muito tempo insegura, dando passos falsos e olhando para o passado como forma de garantia ou de refúgio – te deixo optar dessa vez. Corri contra os valores sociais, enfrentei temperaturas desgastantes, ouvi indiretas fúteis que tentavam - e infelizmente conseguiram – convencer-me de que o amor é supremo, ele supera tudo – grande piada e ironia vindo da sua boca. Esmaguei princípios meus por achá-los desprezíveis quando comparados ao prazer da sua companhia, fiz loucuras desnecessárias... em alguns dias ri delas, em outros fui domada pela raiva. Dancei sem haver música, cantei canções pré-históricas, abracei você e todo sentimento que viesse a surgir com todas as forças que eu pude. Me acordaram da doce ilusão – você me acordou – me fizeram extingui a criatividade e a folha em branco foi o meu cenário por longos dias, digeri a culpa e a deixei intoxicar todo meu organismo. Acompanhei dias se sucederem mais quentes ou mais frios, eu nunca notava a indiferença. Precisava de uma reação, então distribui sorrisos falsos, cantei músicas estranhas pra me manter calada.Topei com o realismo e o convidei pra entrar na minha casa modéstia e abarrotada de inutilidades, virei amante da realidade – o costume é um vício perigoso, mas antes dela do que sua, ao menos ela me beijava sem olhar pros lados antes. Reconheci alguns rostos familiares e sorri satisfeita por tê-los de volta, refiz promessas, andei consciente pra direção certa, topei com a saudade, dei as mãos a nostalgia, chorei mais um pouco... Tentei mais uma vez, abracei desconhecidos, me permiti reviver algumas memórias antigas, senti raiva e a descontei em pessoas erradas, me acalmei e sorri pra os mais próximos. Dancei no ritmo, senti perfumes conhecidos, beijei... recuei e então beijei de novo. Larguei a nostalgia e continuei sozinha... gritei por alguns, ignorei muitos outros. Abracei novamente a vida e os seus desencantos – os encantos você tinha levado todos. Esbarrei por descuido na desistência e a achei atraente demais , te troquei por ela – pagamento na mesma moeda é sempre divertido. Desisti de vez dos seus mínimos sorrisos, da sua voz idiota e por fim de você. Joguei ao vento os sonhos idealizados, evitei lugares impróprios, desisti de vez de manter alguma coisa sua incrustada em mim. Satisfeito amor? Não leve a mal a pergunta óbvia, é que depois que te agradar deixou de ser minha prioridade, temo ter perdido a prática.

Oi ironia, senti sua falta *.*