A cada dia eu fico mais convicta que alguma coisa forte te impede de dar passos concretos pra frente, você sempre recua, desvia pra caminhos obscuros ou segue o clichê de chegar tarde demais. Nunca faz o certo na hora adequada, é provável que você não saiba o que é certo e que não exista hora adequada pra seus feitos incompreensíveis. Eu desisti de ser sarcástica ou de jugar suas atitudes, cansei de usar a ironia pra descrever a falta que eu te faço, talvez eu nem me importe mais em saber se ela realmente existe. Eu me diverti ouvindo algumas justificativas ilustradas ou tentativas inúteis de explicar o que não tem explicação, eu ri com algumas de suas propostas, mas admito que não senti pena, raiva ou inseguraça.. eu não senti nada. É... nada, nem aquele amor construtivo se deu ao trabalho de marcar presença, ou ele está perdido em tanta confusão ou não suportou o flagelo e se foi, acho que percebeu minha indiferença. Eu não tenho medo de recaídas, eu só não quero deixar frestas abertas outra vez, constatar que nem a sua voz me disperta compaixão fechou o último espaço aberto. O dia foi tão idêntico que me deu uma leve impressão de ter voltado ao passado, mas dessa vez era eu quem ria e desprezava as justificativas... Eu entendo você e até o amo, mas não vejo mais nada sólido o suficiente pra me dispertar esperanças de futuro.
Não me perguntem de onde eu tirei isso... ¬¬