quarta-feira, 28 de abril de 2010

Quarta-feira, 28 de abril de 2010.

A cada dia eu fico mais convicta que alguma coisa forte te impede de dar passos concretos pra frente, você sempre recua, desvia pra caminhos obscuros ou segue o clichê de chegar tarde demais. Nunca faz o certo na hora adequada, é provável que você não saiba o que é certo e que não exista hora adequada pra seus feitos incompreensíveis. Eu desisti de ser sarcástica ou de jugar suas atitudes, cansei de usar a ironia pra descrever a falta que eu te faço, talvez eu nem me importe mais em saber se ela realmente existe. Eu me diverti ouvindo algumas justificativas ilustradas ou tentativas inúteis de explicar o que não tem explicação, eu ri com algumas de suas propostas, mas admito que não senti pena, raiva ou inseguraça.. eu não senti nada. É... nada, nem aquele amor construtivo se deu ao trabalho de marcar presença, ou ele está perdido em tanta confusão ou não suportou o flagelo e se foi, acho que percebeu minha indiferença. Eu não tenho medo de recaídas, eu só não quero deixar frestas abertas outra vez, constatar que nem a sua voz me disperta compaixão fechou o último espaço aberto. O dia foi tão idêntico que me deu uma leve impressão de ter voltado ao passado, mas dessa vez era eu quem ria e desprezava as justificativas... Eu entendo você e até o amo, mas não vejo mais nada sólido o suficiente pra me dispertar esperanças de futuro.


Não me perguntem de onde eu tirei isso... ¬¬

sábado, 24 de abril de 2010

Sábado, 24 de abril de 2010.

Eu não me interesso mais por seus mistérios e enigmas evidentes, talvez ainda queira resolvê-los com um objetivo único de provar que fui capaz. Você é dúbia, sua indecisão anda conjugada com a inconstância que toma conta até do seu último fio de cabelo e a torna insuportavelmente imprevisível. Eu não sei quando suas palavras são só declarações ou o prenúncio de mais uma despedida, eu não quero mais quebrar a cabeça com medo que você não esteja aqui quando o dia clarear. Sua personalidade é forte mas contraditória, tão leal, tão repulsiva a traições e derivados, mas vive traindo seus próprios sentimentos, vive se esquivando de confrontos com a verdade, sou capaz de apostar que você tem medo de se conhecer. Vive escrevendo textos pra alguém que eu não sei se existe e acho que temo que exista e apesar de se dizer preocupada com o que eu sinto, não demonstrou respeito por isso em nenhuma das vezes que escolheu ir embora... eu não entendo você, talvez não queira mais entender.
- Sua visão pode até fazer sentido, mas é vista por um ângulo inadequado, não o culpo, foi o único ângulo que eu deixei disponível pra você.

Ficção com realidade dá nisso ¬¬'

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Quinta-feira, 22 de abril de 2010.

E eu não me esquivo da culpa, é bem verdade que eu deixei meus medos guiarem nossa história e não era esse o curso que eu tinha planejado. A verdade é que eu me despi das minhas ironias por você, ou melhor... você foi a única pessoa que conseguiu atravessar o paredão de sarcasmo que eu construo a minha volta e talvez tenha estranhado a minha falta de forças sem ele. Agora eu não tenho meu velho escudo e essa insegurança também tem te atingido. Eu não preciso preencher muitas linhas pra que pareça sincero o que eu trago comigo, palavras ditas vez ou outra fazem bem, mas eu sei que não preciso delas, meu olhar ou minha vontade de morar no seu abraço já me entregam o bastante. Sempre possui forças o suficiente pra lutar contra o que quer que fosse, mas minha fortaleza tava escondida por trás do seu sorriso ou de cada gesto em que você me fazia essencial, eu não estou pronta pra lutar sem você, eu não sei ser invisível aos seus olhos e se for o caso, avise-me com antecedência, não se vende costume ou conformidade em uma lojinha da esquina. Eu estava bem ao seu lado e você poderia ter o que confessou na madrugada que desejava tanto, mas ignorou e eu não tive acesso ao seu manual de instruções, ainda não consigo entender certas coisas. Eu não sei - e é provável que você também não – viver de explicações e planejar encontros com um propósito único de resolver alguma coisa. Faz falta sua companhia por mero prazer, sem conversas sofridas ou satisfações vãs. Talvez a essência de tudo tenha nos escapado sem que tenhamos percebido. A única certeza que eu tenho é do amor imenso que eu dedico a você, o resto não passa de manchas escuras, sem sentido, espero que ao menos tenha solução... Não me sinto a vontade pra exigir de você um tipo específico de amor, eu só quero que você me ame, isso já é tanto, pra mim já é tudo.

Eu briguei comigo mesmo pra poder poxtar esse texto ¬¬'

terça-feira, 20 de abril de 2010

Terça-feira, 20 de abril de 2010.

É fato que nada muda... os dias são todos monótonos e insuportavelmente idênticos, um telefonema diferente, um encontro de fato casual, todas essas coincidências do destino estão restritas as linhas gastas por minhas palavras mal elaboradas. O sofá já é minha moradia e o que me irrita é que mesmo diante desse tédio, meus pensamentos mais idiotas continuam sendo alimentados por alguma parte retardada do meu cérebro – não dá pra ser delicada nesse contexto, me desculpe. Eu ainda me divirto falando dos momentos raros e tão surreais que eu dividi com você, das inúmeras vezes em que você me calou com um beijo e me acalmou no seu abraço. Eu sinto falta do que não existiu, do amor que eu poderia ter cultivado em vez de tê-lo visto sendo arrancado de mim ainda na essência, ainda na raiz... Sinto falta de um companheirismo que nunca saiu dos meus sonhos e das suas promessas, de toda uma história escrita em algum papel perdido no espaço. Eu não perco mais nem um segundo dos meus preciosos sonhos e planos futuristas com suas manias e preconceitos, não vejo um espaço sequer pra seus limites tolos na minha vida e não quero procurá-los, é certo que a sua voz ainda me faria encontrar uma fresta por menor que fosse em algum lugar por aqui.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Terça - feira, 13 de abril de 2010.

Eu não preciso de mais lição nenhuma pra entender que o amor não se entende, que não pede licença, nem assina contrato nenhum pra ir embora num tempo determinado. Eu detesto o sarcasmo que ele usa pra me dá um alô de vez em quando, eu já tentei arrancá-lo, mas ele possui bons esconderijos e uma guarda bem eficiente. Não conseguir escolher ou controlar o que se sente e por quem se sente é normal, mas as minhas emoções são meio calculistas, elas se aproximam das pessoas erradas na hora supostamente correta, parece não lembrar o quanto já sofreu por alguns desses impulsos idiotas... Alguma coisa aqui dentro possui vontade própria e isso é fato, esse troço me aproximou de você com um pretexto ridículo de vingança e quando as oportunidades surgiram recuou como um cão amedrontado em busca de carinho. Isso pra mim é traição, me deixar na mão numa hora dessas é desumano... Mas era eu quem deveria controlá-las, não posso exigir muito. Eu posso não conseguir mover montanhas, mas posso evitar acontecimentos significativos, não quero ficar tão perto muito menos ouvir sua voz tão próxima ao meu ouvido, não quero mais abraços de saudades... eu prefiro ficar longe, isso já é castigo suficiente pra você e pra mim de certa forma... É eu também mereço, meus sonhos românticos continuam sendo sádicos.

Não leve em consideração o texto tosco, ele num tem nem pé, nem cabeça, muito menos sentido o.O

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Segunda-feira, 12 de abril de 2010.

Eu não vejo mais graça em textos manjados, ainda os escrevo mas não sinto a mínima vontade de postá-los. Cansei de mocinhas sofridas e abandonadas ou revoltadas e despreocupadas com o futuro. Não consigo mais transmitir emoção a histórias que eu não vivi ou que nunca presenceei sendo vividas, os textos ficam secos, vazios e isso definitivamente não combina comigo e com minha personalidade forte. Sempre defendi o meio termo mas nunca consegui alcançá-lo de fato, sou fã da intensidade e da adrenalina que ela trás, não consigo viver num ambiente ou numa situação morna... Ou se morre de amor ou de tédio, não dá pra consciliar os dois e ainda que desse é certo que eu rejeitaria a oferta. Equilíbrio é bom, mas demais é chato. Não me faltam histórias, desabafos ou sentimentos reprimidos pra preencher as linhas do meu caderno ou as páginas do meu blog, o que me falta é coragem pra assumir certas coisas e vai ver é por isso que eu tenho uma quantidade gigante de textos estocados que dificilmente serão postados um dia. Eu não preciso expor ao mundo o que só interessa a uns ou outros, não preciso expor nem mesmo pra eles, eu sempre fui transparente, basta ler as expressões ou sinais que deixo no caminho. Perco tempo demais tentando entender o que esse coração idiota deseja e acabei por descobrir que perco ainda mais tempo tentando explicar tais desejos pros outros ou pra minhas folhas companheiras. Fala sério! eu não preciso de nada disso, não preciso justificar o que eu sinto, eu só sinto e isso basta. Não vou mais lamentar pelo que eu não deveria sentir, vou segui-los contra ou a favor da minha vontade até que um dia deixem de ser atraentes aos meus olhos. Nunca fui forte o suficiente pra me deter, nessa guerra cega contra mim eu nunca vou vencer, isso é fato. Então eu não resisto mais, não lamento mais... eu vivo, eu sinto e estou muito bem assim.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quinta - feira, 08 de abril de 2010.

Eu já cansei de dá por encerrado o nosso caso. Você sempre me contraria com sua voz irritantemente doce, sempre me convence com seus truques baratos de sedução. Eu não consigo dispensar os bilhetes bregas com palavras apaixonadas, suas declarações repentinas, muito menos seus olhos olhares carregados de segundas inteções. Não consigo me desfazer do desejo, dos sonhos e de todas as idealizações que meu cérebro constrói em sua volta. Não consigo te dizer um único não, nem te convecer uma vez sequer com meus argumentos mal construídos. Não me interesso por novas sensações e nenhum outro sorriso me trouxe a mesma luz. Não enconto outros caminhos que não seja o seu e nem tenho meios pra negar essa dependência tola. O fato é que eu não preciso de um futuro, só preciso de você.

Eu também não gostei do texto, mas o ócio me faz escrever essas besteiras, vou fazer o que?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Terça-feira, 06 de abril de 2010.

Eu não me dei ao trabalho de abrir as cortinas esta manhã, alguns dos seus objetos pessoais ainda estavam espalhados pela casa e eu desviei deles como se não estivessem ali, suas roupas ocupavam um espaço considerável no meu armário e eu tive vontade de jogá-las pela janela mas me deparei com sua toalha em cima da cama e alguns dos seus escritos espalhados pelo chão do quarto, a caligrafia era impecável e as palavras as mais cultas possíveis, eu não consegui me identificar com nenhum dos seus textos amáveis e corretos, eles não descreviam nenhuma emoção por mais melancólicos que fossem, me perguntei se algum dia você chorou por alguém... Eu não quis cumprimentar nosso cachorro - agradeci por ele não ter latido hoje, não senti vontade de abrir a porta pra ver a rua como de costume e não tive coragem pra desligar o som que tocava o mesmo CD havia horas. Eu evitei as perguntas tolas que meu cérebro fazia, meu silêncio o fez desistir de buscar uma lógica plausível pra qualquer que fosse a situação. Agora eu estou de fato sozinha, sem você e suas reclamações idiotas sobre meu gosto ou meu jeito pessoal de organizar meus trabalhos, sem chão e também sem parte de mim, rabiscando a solidão nos seus velhos papéis, observando a lentidão de cada segundo que se passa sem uma ligação ou um pedido qualquer de desculpas, retirando da cama vazia a toalha, os sonhos e as recordações, dando aos papéis um lugar mais confortável do que a sua velha gaveta e um colorido que embora triste se faz mais eficiente do que o preto e branco das suas descrições...

Oi ficção, saudades de você (:

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Segunda - feira, 05 de abril de 2010.

E eu ainda tento resolver questões dúbias que me aparecem sempre que ouço seu nome ou penso nos dias em que você me era essencial. Eu fico feliz por não responder involuntariamente as suas tentativas inúteis de resgatar o que eu já não tenho mais em mim, ainda sim vez por outra te imagino nos meus braços e vejo duplicada a vontade de te proteger, impedir que qualquer mal atinja você e a todos que você ama, sem saber se estou inclusa nisso ou se um outro alguém de quem não tenho boas referencias ocupa tal lugar de destaque. Eu não me sinto mais vazia por não encontrar a verdade nos seus olhos ou nas suas palavras adequadas demais pro momento, mas alguns dias a nostalgia sussurra seu nome e me trás algumas velhas melodias pra memória... o amor que antes consumia todos os meus segundos, me abandonou e me deixou sem saber ao certo o que fazer com tanto tempo livre, algumas vezes eu nem hesito em procurar no arquivo excluso do meu cérebro alguma coisa sua que ainda me faça rir. Eu ainda tenho uma certa necessidade em te ver bem, embora você nunca tenha tido sequer algo parecido em relação a mim. E sim, eu ainda sinto meu corpo sorrir discretamente ao encarar as estrelas...